terça-feira, fevereiro 28, 2006

Luciano Spaletti

Totti é craque, Mancini está em grande fase e Doni transmite segurança à defesa (hahaha), mas a Roma recordista de vitórias do Campeonato Italiano é um caso claro de time com “dedo do técnico”. O ainda pouco cotado Luciano Spaletti, responsável por transformar o amontoado de bons ou promissores jogadores romanistas em um time. Continuação

Ubiratan Leal

Mais turbulência à vista

A temporada 2006-07 já começou e será bastante difícil em Chamartín. Esse é o recado deixado pela demissão de Florentino Pérez da presidência do Real Madrid. Um anúncio oficial de que o modelo administrativo adotado nos últimos anos faliu e de que as campanhas no Campeonato Espanhol e na Liga dos Campeões são consideradas inglórias a três meses do final. Continuação

Ubiratan Leal

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Batalha pelo direito à informação começou

A profissionalização absoluta do esporte pode levar a efeitos colaterais. Alguns desses o torcedor nem percebe ou, pelo menos, não considera relevante. Caso de exercer um certo domínio ou controle sobre a atuação da imprensa. O que, em princípio, pode parecer apenas chateação para o jornalista em seu dia-a-dia, mas pode prejudicar a qualidade da informação que chega ao torcedor. Continuação

Ubiratan Leal

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Quando a Alemanha parou nas Eliminatórias

O único país além do Brasil e ter se classificado em todas as Eliminatórias para Copas do Mundo é a Alemanha (ou Alemanha Ocidental). As duas ausências germânicas se deram por motivos políticos (1950) ou econômicos (1930). Até porque nada simboliza tanto a capacidade de conseguir o resultado necessário, sobretudo diante de equipes pequenas, quanto o futebol alemão. Pois, na Eurocopa, a Alemanha Ocidental já esbarrou nas Eliminatórias. Apenas uma vez. E o algoz foi a frágil Albânia. Continuação

Ubiratan Leal

Chutômetro

Chutômetro 25 e soluções do 24 já estão no ar.

Ubiratan Leal

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Alma platense

Há clubes que constroem sua identidade em cima de algum aspecto. Pode ser a garra, pode ser a capacidade de superação, a autoconfiança em todos os momentos, a técnica ou a simbiose com seus torcedores... o que quer que seja. O importante é que esses clubes jamais podem ser subvalorizados no que depender de tal pilar em volta do qual se estruturou. É o caso do Estudiantes de La Plata. Continuação

Ubiratan Leal

Quem é vivo... - Alexander Viveros

Nesta última semana, o lateral-esquerdo colombiano Alexander Viveros, conhecido no Brasil por usa passagem por Cruzeiro e Fluminense, voltou aos noticiários. Não aqui no Brasil, mas em seu país de origem. É que o jogador trocou de time na Europa, seguindo sua andança e dificultando a vida de quem quer descobrir onde ele está jogando. Continuação

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Conceito de "bom jogo" é cultural

Neste mês de fevereiro, foi possível ver, no mesmo dia, dois clássicos de características muito marcantes: Chelsea x Liverpool e São Paulo x Palmeiras. Nessas partidas ficou muito clara a característica estereotipada de jogo de ingleses e brasileiros. Os primeiros com muito sistematização, os últimos com um jogo mais espontâneo. Mas, apesar das aparências, dizer que os 4 x 2 dos são-paulinos foram um jogo “melhor” é uma questão cultural. Continuação

Matthäus pode dar certo, mas é inversão de prioridades

Certamente a contratação mais polêmica e chamativa desse início de temporada no Brasil foi a do técnico Lothar Mattäus, novo comandante do Atlético-PR. O investimento da diretoria rubro-negra foi ousado e despertou várias interpretações, mas ficou claro que, por mais que dê certo, o motivo principal da chegada do alemão a Curitiba foi, no mínimo, distorcido. Uma inversão de prioridades, que deixou o futebol em si em segundo plano para levar o marketing às últimas conseqüências. Continuação

Jornalista pode torcer?

Nos dias que antecederam e sucederam a final da Taça Guanabara, foi comum ver o jornalista José Trajano mostrando seu americanismo – relativo ao América-RJ – na ESPN Brasil. Claro, é sabido que diretor de jornalismo da emissora paulista é um dos poucos torcedores do América carioca, o que nunca foi visto como algo problemático já que o Diabo raramente tem um papel de protagonista no futebol brasileiro. De qualquer forma, isso pode levantar para alguns o eterno debate sobre se o jornalista deve torcer. Continuação

terça-feira, fevereiro 21, 2006

De volta à ladainha...

Um conflito bobo entre dois sistemas de publicação fez o Balípodo voltar alguns dias no tempo. Mas nada foi perdido e em pouco tempo isso se resolve.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Links!!!!!!!!!!!!!!

Links novos no ar! Agora, em site para todo gosto lá. Dêem uma olhada!

PS.: o arquivo vai ficando jóia de novo... Finalmente... Já estão no ar quase todos os textos de julho de 2003 (criação do Balípodo) a dezembro de 2004.

Chutômetro e trombetas

Chutômetro novo no ar, além das tradicionais trombetas do apocalipse de toda segunda.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Atualizações

Nos últimos dois dias, o Balípodo não foi atualizado porque está havendo uma mudança no sistema de publicação. Isso deve ser finalizado ainda hoje e deve resolver alguns problemas operacionais.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Mais novidades!

O Balipodo estreou a nova seção: "Fique de Olho". O primeiro mini-perfil é do paraguaio Julio dos Santos. Com um especial das novas camisas das seleções da Nike, o "Com que roupa..." também está de volta, acabando com a ansiedade dos muitos seguidores da seção. Por fim, vale anunciar que o endereço www.balipodo.com já está redirecionando para a página certa.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Mourinho, trombetas e futebol africano

Mais textos novos no Balípodo. Um lembrete da última vez (antes do Middlesbrough x Chelsea deste sábado) que José Mourinho viu seu time tomar de 3 x 0, as tradicionais trombetas do apocalipse de toda segunda-feira e uma análise da Copa Africana de Nações. Ah, e mais dois textos, ambos de futebol africano, entraram nos arquivos.

Ubiratan Leal

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Pesquisa Balípodo

O Balípodo quer saber o que você acha do site. Se você estiver disposto a dizer, clique aqui.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Novidades no Balípodo e Chutômetro

Como já disse o figura aí abaixo: "mamma, I'm coming hooooooooooooooooooooooome"



Seguinte: apesar de ainda serem necessários ajustes, o Balípodo está de volta ao seu antigo servidor (veja!). Todos os textos publicados aqui no Balipodinho já foram republicados lá (alguns com mais fotos, como a apresentação da Libertadores, já que o sistema do Blogger só publica imagens quando está de bom humor), aos poucos, o arquivo vai voltando ao normal e os novos textos aparecerão por lá. No Balipodinho, apenas um resumo do que pintar. Mais detalhes do futuro do site aqui.

Para reestrear o espaço, veja as Soluções do Chutômetro 23 e as perguntas do Chutômetro 24 (os ajustes finais para a volta são o motivo para a demora na divulgação do novo teste e para, na semana passada, terem entrado apenas textos pequenos). E, amanhã, o Balípodo aproveita a volta ao normal (ou quase isso) para fazer outros tipos de perguntas.

Agora vai!!!!!!!!!!!!! (espero)

Ubiratan Leal

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Copa Libertadores da América 2006

Poucos torneios no mundo carregam tanta identidade com seus participantes quanto a Copa Libertadores da América. A começar pelo nome, que deixou de lado a possibilidade de escolher um nome burocrático como “Torneio dos Campeões Sul-Americanos” e preferiu uma referência história de forte caráter nacionalista (no Brasil, as pessoas não dão muita bola para D. Pedro I, mas, no resto da América Latina, personagens como Simon Bolívar, Bernardo O’Higgins e José de San Martín têm bastante espaço no imaginário popular). Além disso, a Libertadores reflete perfeitamente a informalidade predominante na região, que prefere o “dar um jeito” ao respeito a normas escritas, o que mina as possibilidades de aproveitar seu potencial.

De qualquer forma, é inegável que há uma “mitologia” em volta da competição, que desperta um certo fascínio nos torcedores brasileiros. Não só por significar a conquista de um título continental, mas por mostrar poder de superação diante de obstáculos – alguns fictícios ou exagerados – como arbitragens, torcidas hostis e altitude.

Veja quais as chances de cada clube na Libertadores de 2006.

GRUPO 1
A chave tem seus dois favoritos bastante evidentes, até porque conta com o campeão e um semifinalista da última edição. Assim, o São Paulo é favorito ao torneio. A equipe do Morumbi perdeu jogadores-chave como Cicinho e Grafite, além do técnico Paulo Autuori. A diretoria demorou um pouco para agir, mas foi hábil e contratou bons substitutos (Maurinho, Alex Dias e Muricy Ramalho), mas sempre há o risco de não dar certo. Outro problema é que o time continua sem um armador nato. Esse buraco na criação só não tem maiores conseqüências devido à participação constante dos alas e ao fato de os dois volantes serem técnicos. Ainda assim, já jogos em que a falta de criatividade de Danilo se faz presente. No mais, o time é forte, tem a base vitoriosa de 2005 e relativa falta de pressão pelo título.

As Chivas Guadalajara vêm um pouco atrás. Em teoria, o Rebaño Sagrado pode ser apontado como um dos favoritos à conquista do título. O time é forte, experiente, já conhece os meandros da Libertadores e já demonstrou não temer os grandes clubes da América do Sul. O problema é que, por só aceitar jogadores mexicanos, o clube invariavelmente cede muitos jogadores à seleção azteca. Como a preparação mexicana para a Copa terá início em abril, o clube mais popular do México pode ficar sem sua base nos jogos decisivos. Em campo, há bons jogadores em todos os setores, como o goleiro Sánchez, o zagueiro Salcido, os meias Pineda e Bautista e a dupla de ataque Medina e Bravo. É o grande rival do São Paulo na primeira fase podendo, inclusive, ficar com a primeira colocação na chave.

O único time que passa a sensação de que pode atrapalhar brasileiros e mexicanos é o Cienciano. O clube de Cuzco é um emergente no cenário peruano que parece fazer força para se consolidar como alternativa ao trio Universitário-Alianza Lima-Sporting Cristal. Nesta temporada, uma parceria com a LG (mesma patrocinadora do São Paulo) permitiu o investimento de US$ 1,5 milhão em contratações, um valor alto até para os padrões brasileiros. Assim, os imperiales estão confiantes e com um elenco forte, até porque o antigo time titular está no banco, dando suporte ao elenco para encarar o sacrificante calendário peruano. Se a isso tudo for somada a altitude de 3,4 mil m de Cuzco e a pressão de uma das torcidas mais barulhentas do país, é até possível imaginar que o Cienciano atrapalhe a vida dos favoritos. Mas uma classificação seria um acidente.

Se o Cienciano até pode pensar na classificação, é difícil imaginar como o Caracas possa fazer algo melhor do que terminar a primeira fase com uma campanha apenas honrosa. O time é fraco e não fez investimentos muito pesados para a competição. Os principais destaques são os atacantes colombianos Capintero e Serna, que terão a sombra do recém-contratado camaronês Forbin na disputa por um lugar no time titular. O problema deles é que Rojas e Guerra não são armadores dos mais criativos e a bola não chega com tanta constância ao ataque.

GRUPO 2
Teoricamente, é a chave mais fraca da competição. Por isso, a tradição e um mínimo de qualidade técnica e espírito de competição já coloca o Estudiantes de La Plata como favorito. Para um clube que fez sua história na base do futebol truculento e “de resultado”, é estranho ver como o time atual joga de maneira mais leve e ofensiva. O fato de o time platense estar fazendo campanha consistentes nos últimos três anos é um bom sinal e a classificação para a segunda fase, provável. No entanto, não se pode imaginar o time comandado por Cominges e Pavone lutando pelo quarto título continental.

E briga pela segunda vaga deve ser bastante equilibrada. Pela trajetória recente dos clubes colombianos, o Independiente Santa Fé aparece como forte candidato à classificação. A equipe conta com um conjunto razoavelmente talentoso e a altitude de Bogotá. No entanto, o time da capital colombiana não tem uma arma que possa deixá-lo em vantagem estratégica diante de um adversário, a não ser o experiente atacante Preciado. Isso ficou claro no jogo de volta contra o Defensor Sporting na fase preliminar. Mesmo superior tecnicamente e jogando em casa, o Independiente Santa Fé não conseguiu se impor diante de uma equipe determinada e acabou anulado. Se os uruguaios tivessem um pouco mais de talento em campo, poderiam ter se classificado.

É nessa falta de um diferencial que está a esperança do Sporting Cristal. O time mais forte do Peru na atualidade, conta com o lateral Vílchez e o atacante Jorge Soto, experientes e capazes de dar suporte aos jogadores menos conhecidos, como o meia Marczuck. A força da equipe está na defesa e na estabilidade, o que pode compensar a dificuldade de atuar na altitude de La Paz e Bogotá.

O azarão do grupo é o Bolívar. O time boliviano com mais sucesso no exterior só tem esperanças de classificação porque estão em um grupo fraco. Em crise financeira, a Academia viu um grande êxodo de seus principais jogadores no segundo semestre de 2005 e, por mais que tenha conseguido mantê-los na Justiça, foi o suficiente para desconstruir a base que levou os celestes à final da Copa Sul-Americana de 2004. Os destaque que sobraram são o veterano zagueiro Sandy, os meias Vacadíez e Almaraz, o atacante paraguaio Cuéllar e os 3,6 mil m de altitude de La Paz.

GRUPO 3
Outra chave que, em teoria, não conta com um favorito ao título. O Newell’s Old Boys apareceu bem no segundo semestre de 2004 e conquistou o título argentino, mas não conseguiu manter o mesmo nível no ano passado. Depois de duas campanhas anônimas, o clube de Rosário tentou se reforçar e, com um projeto de longo prazo, conseguiu se recuperar um pouco. Ortega e Belluschi são referências na armação, mas são inconstantes. Scocco é o único atacante por vocação, mas mercê algum crédito mesmo sendo jovem.

Um pouco atrás dos leprosos aparece o Goiás. O Alviverde manteve a base de 2005 e, com Geninho, deve continuar fiel ao 3-5-2 com forte participação dos laterais na armação, com muita movimentação dos atacantes e jogadas em velocidade. A defesa com trêz zagueiros fixos dá relativa segurança ao bom goleiro Harlei. No entanto, as saídas de Rodrigo Tabata e Paulo Baier tornam o time um pouco mais previsível e menos brilhante. A falta de experiência internacional pode-se fazer sentir.

Se isso realmente acontecer, a Unión Española ganha força como candidata à segunda fase. A equipe não é forte e o fato de ter vencido o Campeonato Chileno no primeiro semestre pode iludir. A campanha da equipe foi apenas regular e o time se aproveitou do fato de a final ser em mata-mata para vencer no momento decisivo. De qualquer forma, a Unión está repleta de jogadores experientes que, em boa fase, podem incomodar bastante. Destaque para o goleiro Gaona, o zagueiro Pedro Reyes, os meias Émerson (ex-São Paulo) e Sierra (também ex-São Paulo) e a perigosa dupla de ataque Tapia (ex-Cruzeiro) e Neira.

Nem o fato de o grupo ser apenas mediano dá muitas possibilidades ao The Strongest. A equipe atigrada é fraca e suas poucas chances de classificação estão no eventual aproveitamento da altitude de La Paz diante de três adversários desacostumados com o ar rarefeito dos Andes. Baldivieso, com experiência da Copa de 1994, e Coelho são os melhores jogadores, além do zagueiro Zelaya. Nada que assuste.

GRUPO 4
Ao lado do 7, pode ser considerado o “grupo da morte”. Até porque conta com dois candidatos ao título e dois coadjuvantes que seriam favoritos à classificação se estivessem em outra chave. Em tese, o time mais forte é o Corinthians. No papel, o time tem de ser obrigatoriamente listado entre os favoritos, pois têm talento e dinheiro. Porém, é difícil analisar uma campanha corintiana na Copa Libertadores. O clube tem uma admirável capacidade de se implodir na competição por motivos fúteis como ceder às pressões internas ou brigas políticas (dois problemas que devem ser recorrentes em 2006). Se souber escapar das armadilhas criadas por si próprio e vencer os sempre imprevisíveis clássicos paulistanos, pode conquistar sua primeira competição continental.

Independentemente das questões internas do Corinthians, seu adversário mais forte na primeira fase deve ser o Tigres UANL. Quarta colocada no último campeonato mexicano, a equipe de Monterrey tem jogadores experientes e talentosos em todos os setores, sobretudo os zagueiros Júlio César (brasileiro, ex-Real Madrid e Milan) e Briceño, o meia Peralta e o atacante chileno Sebastián “Chamagol” González. O problema do time é a falta de regularidade.

Os dois outros integrantes do grupo estão no mesmo nível técnico e podem complicar os favoritos e até pensar na classificação. O Deportivo Cali poderia pintar como candidato a surpresa, mas vendeu o atacante Hugo Rodallega, artilheiro do Torneo Finalización da Colômbia para o Monterrey e perdeu seu fator de desequilíbrio. Em uma chave que pode ser considerada a mais forte da competição, a falta de um jogador acima da média pode ser fatal. O ataque ficou a cargo de Blas Pérez e um entre Tapias e Carrillo, ambos integrantes da seleção colombiana em categorias menores. O resto do time prima pela homogeneidade e bom jogo coletivo, com peças-chave na dupla de zaga Caballero-Rivas e no volante Patiño.

Pelo que jogou no segundo semestre de 2005, a Universidad Católica é um time de respeito que pode encarar qualquer equipe do continente. No entanto, as incertezas do mercado de verão tiraram a confiança do grupo, que começou desconcentrado na atual temporada. A principal virtude da equipe é a defesa, com o bom goleiro Buljubasich e uma linha de três defensores diante dele. Para atacar, os cruzados contam com o argentino Conca armando para as conclusões do também argentino Quinteros.

GRUPO 5
A chave merece alguma atenção porque conta com um time que podem surpreender a partir da segunda fase, apesar de não pensar no título, além do time mais forte entre os argentinos. Sem o Boca Juniors na disputa, o Vélez Sársfield é a principal força argentina na Libertadores de 2006. A base foi formada no próprio clube e já mostrou ter talento para recolocar o Fortín entre as principais forças do continente. O grande destaque do time é o atacante Castromán, mas Sessa, Cubero, Pellegrino e Gracián também merecem cuidados para os adversários. O problema é que o clube cai muito de rendimento quando algum desses jogadores não atua, pois não há reservas à altura.

Como segunda força aparece a Liga Deportiva Universitária de Quito. Com a base da seleção equatoriana que vai à Copa, a equipe merece respeito. Tem conjunto e bastante experiência, além de algum talento em nomes como Reasco, Palacios e Delgado. Com a altitude de Quito a seu favor e o costume de jogar em competições sul-americanas, os blancos são favoritos à classificação.

Um pouco atrás, e alimentado pela rivalidade Peru x Equador, o Universitário chega à competição otimista e pensando em chegar à fase de mata-mata. A diretoria investiu bastante para isso, contratando o zagueiro Centurión e o atacante argentino Maceratesi. Como tem muitas novidades, os cremas podem demorar para encontrar seu futebol e perder a oportunidade de passar de fase. Mas é um time que merece alguma atenção pelo potencial que possui.

A quarta força do grupo é o Rocha. Acabada a euforia do inédito título de um clube do interior do Uruguai, o clube celeste deve se auto-analisar e perceber que não tem condições de ir muito além disso. A equipe é regular e dificilmente terá forças para encarar as forças do continente. Os principais jogadores são Magureguy e Cardozo e o objetivo principal é fazer uma campanha digna. Nada mais que isso.

GRUPO 6
Se mantiver o mesmo futebol competitivo do Campeonato Brasileiro, o Internacional é candidato a semifinalista, com possibilidades até de título. E não há muitos motivos para acreditar que o colorado caia de rendimento em relação ao ano passado. O clube teve dificuldades e quase passou por crises internas, mas manteve seus principais jogadores. Apesar das reclamações dos torcedores do time da falta de um matador, o ataque é perigosíssimo, com Fernandão e Rafael Sóbis, com Rentería de opção no banco. O meio campo é sólido, liderado por Tinga e com a habilidade de Márcio Mossoró e Iarley. O problema está na defesa. Clemer não é confiável e o miolo de zaga também não é dos melhores. Uma possível mudança do 3-5-2 de Muricy para o 4-4-2 de Abel Braga pode trazer problemas de adaptação, sobretudo na função dos laterais.

Um degrau abaixo está os Pumas Unam. É o representante mais fraco entre os mexicanos, mas deve ser visto com muito cuidado. Os universitários foram vice-campeões da Sul-Americana e, mesmo perdendo seis jogadores no mercado de inverno (o México fica no hemisfério norte, né?), o excelente goleiro Bernal e o oportunista atacante Marioni continuam no clube felino, que está com novo ânimo desde a chegada do técnico Miguel España. O brasileiro Pinheiro chegou para dar velocidade ao meio-campo a uma equipe que deve primar pela voluntariedade.

Com chances pequenas, está o Unión Atlético Maracaibo, certamente a única equipe venezuelana capaz de criar alguma dificuldade aos principais clubes do continente. O clube já contava com o bom goleiro Angelucci e o artilheiro Maldonado, mas soube investir em reforços que, no mínimo, aumentarão bastante as opções para o técnico Carlos Maldonado. É difícil imaginar o time azulgrená superando Internacional e Pumas Unam, mas não é descartada a hipótese de tirar pontos desses times quando atuar em casa.

Apesar da tradição, o Nacional de Montevidéu deve disputar apenas a terceira posição com os venezuelanos. Em grave crise financeira, o Tricolor se desfez dos poucos jogadores realmente talentosos e ficou dependente do armador Albín, único capaz de criar alguma coisa na equipe.

GRUPO 7
Certamente uma das chaves mais fortes da competição, em que qualquer equipe pode se classificar sem que isso seja uma surpresa. Para a primeira fase, pode-se considerar o Palmeiras favorito. O Alviverde deve ser motivado pela presença de Corinthians e São Paulo no torneio, mas não há tanto motivo para otimismo. O time conta com bons jogadores em quase todas as posições e peças de reposição. No entanto, à exceção do goleiro Marcos, não se vê no elenco palmeirense um jogador brilhante, capaz de carregar a equipe em uma competição tão dura. Até porque as principais estrelas estão envelhecidas e já não vivem seu melhor momento, o que pode ser decisivo nos momentos mais agudos da competição.

A segunda força do grupo também é alviverde. Com o atacante Aristizábal e o lateral-esquerdo Bedoya, é fácil perceber como o Atlético Nacional (conhecido no Brasil como Nacional de Medellín) é uma das equipes mais fortes da Colômbia. Tanto é verdade que nem a má campanha no Torneo Finalización de 2005 tirou do clube a condição de principal força do país na Libertadores. Se passar da primeira fase (o grupo é dificílimo) e dependendo da montagem do mata-mata, não seria de estranhar caso chegasse às quartas-de-final. Mas é difícil imaginar que se trate de um novo Once Caldas.

A experiência em Libertadores e o espírito competitivo faz do Cerro Porteño um time de respeito sempre. O Ciclón conta com bons jogadores como o goleiro Barreto, o volante Fretes e o meia Salcedo. Com essa base, a equipe ganhou os dois torneios do Campeonato Paraguaio de 2005 e se colocou como possível surpresa para a Libertadores. No entanto, o clube sofrerá com o assédio da Europa sobre seus jogadores, o que pode desestabilizar a equipe. De qualquer forma, tem condições de passar de fase, mesmo em uma chave cheia de equipes tradicionais.

Um pouco atrás está o Rosario Central. O time não é ruim, mas, salvo o volante Coudet (ex-lateral do River Plate) e o meia Ledesma, carece de experiência. A esperança é que os jogadores mais jovens entrem no ritmo do torneio e transformem o Rosario Central em uma equipe realmente competitiva. Isso sem contar a pressão da fanática torcida centralina no estádio Gigante de Arroyito.

GRUPO 8
A tradição mostra que todo ano terminado em 6 tem o River Plate na final da Libertadores. Uma mística curiosa, mas que pode cair em 2006. O técnico Mostaza Merlo soube remontar uma equipe destruída após o primeiro semestre do ano passado e encontrou jogadores de talento nas categorias de base do clube. Com isso, a diretoria teve de investir em reforços pontuais (como Lucho Figueroa e, talvez, D’Alessandro) e tornar o elenco consistente. Porém, é inegável que a equipe de Daniel Passarella está um nível abaixo de adversários como São Paulo, Chivas, Corinthians, Tigres e Vélez. Em relação à primeira fase, é difícil imaginar como os millonarios não passariam em um grupo apenas mediano.

A briga pela segunda vaga deve ter como principal protagonista o El Nacional, típico time que varia muito o nível de desempenho quando atua na altitude e fora dela. Nos Andes, os militares têm um futebol autoconfiante, que busca desorientar o adversário com jogadas pelas pontas e muita velocidade. Fora de casa, os puros criollos são frágeis e aceitam a superioridade do adversário. Outro problema do clube é a renovação de contrato do zagueiro Guagua, peça fundamental no sistema defensivo do time.

Se o campeão equatoriano não confirmar as expectativas, pode abrir espaço para o Libertad. Apesar de se manter como clube com melhor infra-estrutura do Paraguai, o Alvinegro já não vive o período de bonança das últimas temporadas. Assim, investimentos extravagantes como o lateral-direito Arce estão descartados e a expectativa para a Libertadores naturalmente é reduzida. Com um elenco esforçado e de experiência, é possível lutar pela classificação. Mas não há condições para a equipe evoluir muito além das oitavas-de-final.

Como surpresa está o Paulista, talvez a maior incógnita da competição. São raras as oportunidades de medir o time de Jundiaí contra adversários de primeiro nível, o que dificulta estabelecer um parâmetro para o Galo da Japi. A inexperiência da equipe em competições internacionais deve pesar contra, até porque a diretoria não investiu além do normal por causa da Libertadores. Porém, já provou na Copa do Brasil que sabe utilizar o mando de campo para fazer os resultados necessários em um torneio curto.

Ubiratan Leal

Clássico santista

Desde que foi campeão nacional em 2002 e acabou com sua estiagem de títulos, o Santos voltou a ser uma das forças do futebol brasileiro. No entanto, não consegue se impor em sua própria cidade. De 2003 para cá, o Peixe jogou três vezes com a Portuguesa Santista. Perdeu em 2003 e 2006 (0 x 2 e 1 x 2) e empatou em 2005 (1 x 1). E só o 2 x 0 para a Briosa em 2003 foi realizado no Ulrico Mursa.

Liverpool x Chelsea

O Chelsea de José Mourinho já enfrentou nove vezes o Liverpool de Rafa Benítez em apenas duas temporadas. E os reds mostram como são especialistas em competições internacionais. Contanto torneios domésticos (Campeonato Inglês e Copa da Liga Inglesa), o Chelsea venceu todas as cinco partidas disputadas, com 11 gols marcados e três sofridos. Pela Liga dos Campeões, foram três empates e uma vitória do Liverpool, com um gol para os reds e nenhum para os blues.

Trombetas de 6 de fevereiro

O Apocalipse se aproxima. Não adianta fazer nada, pois o processo é irreversível. Para alertar seus leitores, o Balípodo mostra as evidências de que as trombetas já anunciam o fim do mundo.

* O Palmeiras perdeu do São Paulo e Leão não culpou a arbitragem.

* Luizão continua jurando que era torcedor do Flamengo desde criança. E ainda colocou seu pai na jogada.

* A Cabofriense, pelo segundo ano seguido, desclassificou o Fluminense da Taça Guanabara no Maracanã.

* Uma das semifinais da Taça Guanabara foi marcada para segunda, sendo que o sábado ficou sem jogo algum. E ainda falam que o Campeonato Estadual do Rio é melhor para o público.

* Os líderes do Campeonato Paranaense após oito rodadas são Rio Branco e Adap.

* Após oito rodadas, o Bahia estaria fora das quartas-de-final do Campeonato Baiano.

* O Marcinho chegou a dizer que esse time do Palmeiras era imbatível.

...o pior é que há os que já acham isso tudo normal.

Ubiratan Leal

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Quem é vivo... - ...aparece no Paraná

Um alemão menos atento ao dia-a-dia do noticiário pode perguntar para um amigo: “onde está o Matthäus? Ele sumiu” E o amigo dirá que o ex-capitão da seleção germânica está no Atlético-PR, um clube emergente no cenário futebolístico brasileiro. Pois o futebol do Paraná não é o reino do “quem é vivo” apenas para os alemães. Vejam quem também anda pelo Estado das Araucárias.

Freddy Rincón
Volante forte fisicamente, mas com boa técnica, era líder das equipes por que passava. Teve boa passagem pelo Palmeiras, não tão boas por Napoli e Real Madrid e atingiu seu auge pelo Corinthians, clube pelo qual conquistou um título mundial como capitão. Largou o Alvinegro para ir ao Santos que lhe ofereceu uma fortuna. Não recebeu salário e deixou a Vila Belmiro. Depois de ficar um ano parado à procura de um clube, voltou ao Corinthians, em 2004. Brigou com Tite na equipe que quase foi rebaixada no Paulistão e abandonou a carreira. Voltou ao futebol como dono de um café que patrocinou a Portuguesa em 2005. Agora, o retorno é direto: como técnico do Iraty. E, no Atlético-PR x Iraty, teremos a possibilidade de rever o duelo Matthäus x Rincón da Copa de 1990.

Célio Silva
Zagueirão de Internacional e Corinthians, Célio Silva se notabilizou pela força física e voluntariedade, além de ficar conhecido como o dono do chute mais forte do Brasil. No entanto, se sobrava força, muitas vezes faltava direção às suas cobranças de falta. Para um jogador que quase foi contratado pelo Manchester United em 1997 e passou pela seleção brasileira, o sumiço realmente era estranho. Pois, agora, Célio Silva reaparece. Como técnico debutante no Paranavaí.

Vítor
Quando Cicinho se apresentou ao Real Madrid, Tomás Roncero, colunista do diário esportivo madrileno As e entusiasta de jogadores brasileiros, quis deixar claro que o reserva de Cafu na seleção não era um novo Vítor. O curioso é alguém na Espanha se lembrar até hoje que o lateral-direito que surgiu no São Paulo e chegou a obrigar Telê a improvisar Cafu no ataque para ser aproveitado passou pelo Santiago Bernabéu. Depois que voltou de Madri, Vítor nunca mais apresentou o mesmo futebol, mas conseguiu lugares em grandes equipes por um bom tempo. Assim, se tornou um dos maiores vencedores da história da Libertadores, com quatro títulos (1992 e 93 pelo São Paulo, 1996 pelo Cruzeiro e 1997 pelo Vasco). Ainda passou por Botafogo-RJ, Osasco e Juventus-SP. Hoje, aos 33 anos, é comandado de Célio Silva no Atlético Paranavaí.

Carlos Alberto Dias
Jogador mais conhecido do atual elenco do Nacional de Rolândia. Carlos Alberto Dias ficou conhecido como um dos principais meias do futebol carioca no início da década passada. Chegou a defender a seleção brasileira, mas até hoje é marcado pelo tempo em que passou no Botafogo e no Vasco. Com 39 anos, já passou por Matsubara, Bellmare Hiratsuka-JAP, Coritiba, Botafogo, Vasco, Grêmio, Shimizu S-Pulse-JAP, Paraná, Verdy Kawasaki-JAP, América-SP, Ceará e Sertãozinho.

Sinval
O Balípodo não listará os clubes pelos quais passou Sinval porque provavelmente faltaria espaço no servidor para tanto. Mas o Sinval do Cianorte é o mesmo atacante que começou na Portuguesa junto com Dener e foi campeão da Copa São Paulo de Juniores. Provavelmente ele passou pelo seu time, leitor.