terça-feira, abril 29, 2008

Jornal Vencer

Hipersegmentação. Essa é a palavra que o Lance usou para explicar sua nova cartada: o “Jornal Vencer”, ou “Vencer, Vencer, Vencer”. O recém-lançado diário tem uma proposta incomum para o Brasil. É um jornal dedicado apenas ao Flamengo, com pautas sobre o dia-a-dia do clube da Gávea ou assuntos com alguma ligação com o Rubro-Negro. Ou seja, uma publicação que busca atingir apenas a parte flamenguista do estado do Rio de Janeiro e Juiz de Fora.

segunda-feira, abril 28, 2008

Entrevista: Gislaine Nunes

O telefone toca. A pessoa do outro lado da linha atende: “Grupo Gislaine Nunes, boa tarde”. Isso mesmo. Gislaine Nunes é mais que uma advogada que se especializou em defender jogadores de futebol em processos trabalhistas contra clubes. Sua força cresceu tanto que, hoje, é um “grupo”. Segundo ela própria, “tenho o apoio de um corpo jurídico e que me permite cuidar de outras atividades ainda dentro do futebol”. Entre essas atividades estão o gerenciamento de carreira de atletas e até a realização de entrevistas com personalidades do futebol para sua TV online.

domingo, abril 13, 2008

Um campeonato para juntar os cacos da Espanha

Castelhanos, bascos, catalães, aragoneses, valencianos, galegos, cántabros, asturianos, navarros, murcianos, baleares, riojanos, canários, manchegos, leoneses, extremenhos e andaluzes. A Espanha é um retalho de culturas, de povos, de histórias que se desenvolveram juntas, mas que muitas vezes se consideraram separadas. Uma característica tão forte no país que não tinha como não ter reflexos no futebol desde seus primórdios.

O Uruguai também tem River Plate bom

Para a temporada 2008, Nacional e Peñarol decidiram botar a mão no bolso. Os dois grandes do Uruguai investiram em reforços e montaram equipes fortes. Os resultados foram vistos imediatamente. A dupla faz campanha convincente, com apenas três jogos sem vitória na soma das campanhas. Ainda assim, nenhum deles é líder. Esse status está com o surpreendente River Plate.

sexta-feira, abril 11, 2008

Os estaduais que ninguém viu

Paysandu e São Cristóvão no Rio de Janeiro. Paranavaí no Paraná. Internacional de Limeira e Bragantino em São Paulo. Ipatinga em Minas Gerais. Brusque em Santa Catarina. Colo-Colo na Bahia. Goiatuba em Goiás. Mesmo nos Estados mais tradicionais, é normal haver um ou outro campeão estadual que foge do convencional. Mas em quatro deles – São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Paraná – há uma coincidência. Todos coroaram um time pouco tradicional em 2002.

terça-feira, abril 08, 2008

Falta de trabalho de base afasta Rússia da elite

“Agradecimentos a Dasaev Sulakvelidze, Baltacha, Chivadze, Demianenko, Daraselia, Gavrilov, Bessonov, Bal, Shengelia e Blokhin – a primeira escalação que fez meu coração balançar pelo futebol”. Esse é o final da seção de agradecimentos do livro “Futebol É uma Caixinha de Surpresas”, de Luiz Fernando Bindi. Os mais novos podem achar esquisito, não entender muito. Essa era a escalação da seleção da União Soviética na Copa de 1982. E, em bom português, era um timaço com potencial para lutar pelo título mundial.

Vender jornal é fácil. Conter a tentação, não

Os 1º de abril são perigosos para os jornalistas. Veículos do mundo inteiro entram na brincadeira do “Dia da Mentira” e divulgam várias notícias falsas. Em geral, são caricatas o suficiente para o leitor saber que se trata de uma brincadeira. Mas há momentos em que se erra a mão. Parecia o caso da manchete “Altitude mata!” na capa da edição carioca do Lance de 1º de abril de 2008. Mas não era. A chamada era real. Ou algo perto disso.

segunda-feira, abril 07, 2008

Chutômetro 6

Teste seus conhecimentos.

Ruy Ramos

Para muita gente (os mais novos ou de memória fraca), Zico é a referência de brasileiros que desbravaram o semi-profissional futebol japonês e o ajudaram a se transformar na rentável J-League. Pois, para os japoneses, houve outra figura quase tão importante quanto o Galinho. Não com a mesma capacidade técnica, mas com uma identificação com o Japão que o levou a fincar raízes no oriente. Trata-se de Ruy Ramos.

Atlético de Madrid

O Atlético de Madrid estava fadado a ter uma camisa listrada vermelha e branca. Faz parte da origem do clube. Fundado por estudantes bascos que moravam em Madri, o clube de Manzanares surgiu com o objetivo de ser uma filial madrilena do Athletic Bilbao. Assim, camisa e nome eram iguais.

sexta-feira, abril 04, 2008

La Pasión Laica

Com uma população do tamanho da Grande Fortaleza e espremido geograficamente entre os gigantes Brasil e Argentina, o Uruguai é um fenômeno futebolístico. O país colonizado por espanhóis, ocupado por imigrantes (sobretudo italianos) e com cultura com fortes raízes nos poucos negros e nos quase inexistentes indígenas foi bicampeão olímpico e mundial e revelou alguns dos maiores craques de suas épocas. É difícil entender como uma nação tão pequena e despovoada conseguiu se tornar uma potência no esporte mais popular do mundo e criar uma cultura futebolística complexa, que sobrevive mesmo na decadência técnica e institucional das últimas décadas.

O Manchester que assustou United e City

Manchester não tem os títulos de Liverpool, o pioneirismo de Birmingham ou a quantidade de clubes de Londres. Ainda assim, a cidade é uma das capitais do futebol inglês. Tem o Manchester United, time de maior torcida do país e, hoje, um dos mais poderosos. Ainda conta com o Manchester City, rival de menor projeção nacional e internacional, mas que tem grande peso local e cresce com os investimentos de um milionário tailandês. Quem vê esse cenário nem imagina que, um dia, os dois times chegaram a se unir com medo de um terceiro vizinho.

quinta-feira, abril 03, 2008

E se a Ponte Preta ganhasse a final em 1977?

Bate-rebate na área. Bola na trave, Oscar tira em cima da linha. E a bola sobra para Basílio. Era 13 de outubro de 1977 e o Corinthians estava prestes a sair dos 23 anos sem títulos. O camisa 8 tinha o gol livre diante de si, mas errou o chute. A bola espirrou e saiu por cima do gol. No lance seguinte, Dicá aproveitou uma desatenção da marcação corintiana e, em um chute da entrada da área, acertou o canto de Tobias. Ponte Preta campeã.

Sociedade não precisa saber da vida de Casão

Jornalistas sabem de muito mais as coisas do que o público imagina. Em Brasília, não é segredo para os repórteres quais parlamentares têm atitudes comprometedoras na vida pessoal e quais têm rabo preso com determinados lobistas ou lideranças políticas. No meio artístico, fala-se quem é picareta ou quem tem caso com quem. Nos clubes de futebol, é papo corrente que Fulano é traíra e Beltrano abusa na noitada. Nem é difícil imaginar como isso ocorre. Dois ou três jornalistas ficam sabendo e, nas conversas com colegas, a informação se espalha pelas principais redações do país.

terça-feira, abril 01, 2008

Via crúcis

Pouco mais de 12 mil pessoas foram ao Arruda. Bom público, considerando as circunstâncias. Um Santa Cruz longe de empolgar precisava vencer o tradicional Central, de Caruaru. Uma vitória não levaria a Cobra Coral ao título do primeiro turno ou algo do tipo. Apenas evitaria o vexame de cair para o hexagonal de rebaixamento – uma espécie de Torneio da Morte – do Campeonato Pernambucano. Não funcionou. Nem o desespero, nem o apoio da torcida, foi o suficiente para o time conseguir algo melhor que o 2 x 2.

Muita confusão e esquizofrenia. Esse é o PSG

Único time importante da maior cidade de seu país. Aliás, de uma das maiores cidades da Europa. Além disso, tem a possibilidade de concentrar investimentos da capital da segunda maior economia da Europa. Os estádios lotam em quase todos os jogos. Com esse cenário, parece bem óbvio que o clube tem tudo à mão para ser uma potência continental. Na pior das hipóteses, uma força nacional. Por isso, é tão difícil entender como o Paris Saint-Germain não consegue nada melhor do que lutar para fugir do rebaixamento na Ligue 1.