Defesa mais frágil prejudica São Paulo de 2008

Um time travado, que não se solta em campo e dá sinais de falhas, ainda que sua capacidade técnica se manifeste em momentos pontuais da partida. É esse o São Paulo do começo de 2008. Sem padrão de jogo, parece sentir muito mais do que o esperado as mudanças dos últimos meses. E que, em pouco tempo, já motivou torcedores e imprensa a colocarem em dúvida o status de favorito ao título brasileiro.

Borghi se foi, e deixou um Colo-Colo diferente

Quem acompanha o futebol latino-americano ficou de olhos arregalados ao ver Boca Juniors 4x3 Colo-Colo. Foi um dos melhores jogos do ano e é forte candidato a ser o melhor desta edição da Libertadores, ainda que falte mais da metade da competição. Duas equipes bem montadas, com ataques rápidos e disposição para se entregar em campo. A manchete em quase todos os veículos é que o Boca Juniors confirmou sua condição de candidato ao título ao virar com 10 homens em campo. E pouca gente se atentou ao fato que, no dia seguinte, Cláudio Borghi deixou o cargo de técnico dos colocolinos.

Atlético-PR, de novo, peca por mudar demais

Doze vitórias seguidas. O Atlético-PR já era visto como candidato ao título do Brasileirão. O Campeonato Paranaense era volta olímpica na certa. Em seguida, o time é eliminado da Copa do Brasil pelo Corinthians-AL em casa e perde para o Engenheiro Beltrão na estréia da fase semifinal do estadual. O abismo entre os dois cenários é imenso e a existência dele não pode ser vista como coincidência ou acidente. Mais uma vez, o Furacão não tem sabido manter o trabalho de longo prazo.

A honra esportiva acima da política

Foi um resultado histórico. Jogando nos Estados Unidos, Cuba conseguiu um empate por 1 a 1 contra o time da casa na primeira rodada do Pré-Olímpico da Concacaf. Um placar inesperado diante de um rival político que contava com jogadores de projeção internacional como Freddy Adu e Altidore, o que atesta o crescimento do futebol cubano desde a virada do século. Por um instante, pensou-se até que os caribenhos teriam alguma possibilidade de se classificar para os Jogos Olímpicos. Uma possibilidade que praticamente morreu no dia seguinte.

Karim Benzema

A imprensa brasileira tende a considerar que todo jogador brasileiro que vai à Europa é estrela de sua equipe. Ainda mais se o atleta em questão for convocável à Seleção. Por isso, quando um atacante como Fred vai ao banco, logo se imagina que é perseguição do técnico. Pois, no caso, não é verdade. O mineiro simplesmente perdeu lugar porque teve o azar de ver o surgimento de uma das maiores promessas do futebol francês.

Wynton Rufer

A Nova Zelândia foi uma das seleções que disputou a Copa do Mundo de 1982 apenas para fazer figuração. De qualquer forma, houve um jogador que conseguiu se destacar no meio da limitação técnica dos All Whites. O meia-atacante Wynton Rufer, de apenas 20 anos, mostrou talento e se transformou no símbolo daquela equipe.

Almir Pernambuquinho

Hoje, Edmundo serve de referência sobre o que é um bad boy, um jogador que cria tanto problema que ofusca seu imenso talento. Pois o atacante que se divide eternamente entre Vasco e Palmeiras ainda está longe de igualar Almir, talvez o maior presepeiro e arrumador de encrenca do futebol brasileiro.

El Gráfico

O representante da imprensa esportiva argentina de maior projeção no Brasil é o Olé. As capas provocativas do jornal causam indignação de boa parte dos brasileiros, muitas vezes com razão. No entanto, a fama do Olé não pode ofuscar a história de outro veículo importante na história do futebol argentino. A revista El Gráfico, com quase 90 anos de vida e mais de 4.300 edições, tem papel fundamental no desenvolvimento do esporte no país.

Clássicos de 3 a 9 de março

Semana de poucos grandes clássicos. No Brasil, o mais importante foi Atlético-MG x Cruzeiro, seguido por Ceará x Fortaleza, Portuguesa x São Paulo e América-RN x ABC. No exterior, a Croácia teve seu jogo de maior rivalidade (uma das maiores do mundo) e a Liga dos Campeões proporcionou alguns clássicos continentais, mas os demais destaques foram dos países latino-americanos, sobretudo a Argentina.

Santo de casa faz milagre

Boca Juniors e River Plate, River Plate e Boca Juniors. Para os mais desatentos, o futebol argentino parece uma eterna briga a dois. Nos últimos anos não tem sido assim. Estudiantes e San Lorenzo conquistaram os títulos na temporada 2006-07. Mas, no final de 2008, esse fenômeno ganhou contornos ainda mais inusitados com o Lanús conquistando seu primeiro Campeonato Argentino. Uma prova de que um planejamento de longo prazo bem feito pode ajudar a levantar clubes médios, mesmo na espinhosa realidade do futebol sul-americano.

Trombetas de 3 a 9 de março

O Apocalipse se aproxima. Não adianta fazer nada, pois o processo é irreversível. Para alertar seus leitores, o Balípodo mostra as evidências de que as trombetas já anunciam o fim do mundo.

Títulos internacionais do Milan

Com a vitória sobre o Boca Juniors no Mundial de Clubes, o Milan se tornou o clube com maior número de títulos internacionais. Agora, os rossoneri têm 18 conquistas, uma a mais que o time argentino. O critério é duvidoso, mas veja quais são.

O ano do Santos não precisa ser uma desgraça

O início de temporada foi tétrico para os santistas. Rapidamente, o time acusou a saída de algumas figuras de 2007 e deixou evidente que a adaptação a um novo trabalho não seria simples e rápida. As reclamações da torcida não tardaram, o técnico Leão chegou a acusar alguns jogadores de fazer corpo mole e as arquibancadas andam mais vazias do que deveriam. Para completar, a presença na zona de rebaixamento do Paulistão. Está claro que 2008 será um ano bem longo para o Santos.

Flamengo é forte, mas precisa de ataque

O Rio de Janeiro redescobriu a Libertadores. Voltar a disputá-la com constância fez os cariocas recuperarem as ambições internacionais, algo que estava meio engavetado nos últimos anos. Em 2008, o destaque maior é o Flamengo, que já tem uma experiência recente no torneio e vem empolgado pela boa campanha no segundo semestre do ano passado. E, considerando o modo como o time rubro-negro foi montado, dá para dizer que se trata de um dos candidatos ao título.

Clássicos de 25 de fevereiro a 2 de março

Juventus e Barcelona tiveram semana agitada, cada um com dois jogos contra times de alguma rivalidade. E ambos não venceram nenhum. Quem também jogou bastantes clássicos foi o Al-Shabab, da Arábia Saudita. No exterior, ainda houve clássicos importantes em Portugal, Chile, Turquia, Sérvia e Grécia. No Brasil, destaque para o Corinthians x Palmeiras, os dois duelos paraibanos e as goleadas de Figueirense e Mixto.

Trombetas de 25 de fevereiro a 2 de março

O Apocalipse se aproxima. Não adianta fazer nada, pois o processo é irreversível. Para alertar seus leitores, o Balípodo mostra as evidências de que as trombetas já anunciam o fim do mundo.

Voltando à ativa

O Balípodo não esqueceu esse espacinho aqui no canto, até porque estamos devendo atualizações, sobretudo no Chutômetro (o coitado do Gilvannewton está quase dando a luz de tanta ansiedade). Bem, recomeçamos com seção nova. Um resumo de todos os clássicos, dérbis e afins que ocorreram pelo mundo. Ainda tem mais coisa, mas é bom começar a atualizar constantemente antes de prometer novidades.