sexta-feira, dezembro 21, 2007

Fenômeno das “barras” merece mais atenção

Geral do Grêmio, Popular do Inter, A 10, Loucos pelo Botafogo, 105 Minutos, Núcleo 1914, Alma Alvirrubra, Guerreiros do Almirante,, Sempre Vitória, Brava Ilha, Povão Coxa Branca, Fenômeno Azul, Legião Tricolor... Cada vez mais as arquibancadas brasileiras se acostumam ao surgimento das “barras”, grupos de torcedores que, inspirados nos argentinos, apóiam incondicionalmente seus times. Um movimento que vai ganhando amplitude e já deve ser tratado como algo mais sério.

9 comentários:

Causlos disse...

Bira, no Rio Grande do Sul as "barras" se disvirtuaram e agora simplesmente tomaram o lugar das tradicionais organizadas. Até nas más atitudes.

Ao contrário do que se diz, as "barras" já têm participação política. O incentivo para que seus integrantes se associem não é gratuito. A Geral elegeu vários membros na último eleição do Conselho Deliberativo e a tendência que cresça sua representação nos próximos pleitos.

Quanto ao fato de não receberem subsídios, não é bem assim. Dizem que quando é oferecido ônibus gratuito os sócios viajarem, a Geral toma conta e expulsa quem não é alinhado ao grupo.

Veja o episódio do The real Football Factories sobre as torcidas gaúchas:
http://www.youtube.com/watch?v=LiyYbGjZurA

Abraço!

Anônimo disse...

Texto muito bem escrito, porém muitos equívocos!
Para começar as barras não são uma inspiração dos argentinos, porque existem barras na AMERICA DO SUL inteira, o unico país que não possuia era o Brasil.
Depois, nem todos esses "movimentos" que tu citou são barras, a maioria se denomina movimento.
Outra coisa, as barras de toooda a américa do sul são violentas e tem algumas "barras brasileiras" pregando o contrário justamente por falta de conhecimento.
Mais uma: Tu falou como se só agora a Geral começasse a ser violenta, mas a Geral sempre arrumou confusão com a policia por exemplo.
E eu não entendi uma parte, tufalou Geral do Gremio, Alma Catelhana e ..., como se a geral e a alma castelhana fossem torcidas diferentes, mas é a mesma!

Para finalizar: tem algumas barras que vão dar certo aqui no brasil, como a guerreiro do almirante, a do criciuma, talvez até o 105, mas o resto ta muuuuuuuuuito atras, não só por numero de participantes pq no começo toda torcida é pequena, mas pela ideologia, tem muita torcidinha nova com lider que nunca foi de torcida e agora entro na MODINHA!

apenas minha opinião,
se tiver afim de trocar uma ideia, msn: geraldo.88@hotmail.com

Ubiratan Leal disse...

Geraldo,

conheço bem o fenômeno das barras, já conversei com integrantes de várias delas (da Alma Alvirrubra do Náutico à Alma Castelhana, contando a Guerreiros do Almirante):

1) Eu tenho noção de que "barras" existem em toda a América Latina, mas é muita ingenuidade achar que a inspiração não é argentina. Se não, qual o motivo de as primeiras delas cantarem em espanhol ou adaptarem cantos da torcida argentina? Coincidência apenas?

Você sabia que as barras latino-americanas também se inspiram nas argentinas? Você sabia que as torcidas argentinas dão aulas de como agir nas arquibancadas e fora delas para torcidas de México e Colômbia?

2) Você está confundindo "barras bravas" com "barras". As barras brasileiras preferem se chamar de "movimento" ou apenas de "barras" (sem o bravas) justamente para diferenciá-las do lado violento e organizado das torcidas argentinas, as "barras bravas".

3) Citei Alma Castelhana e Geral do Grêmio como dois nomes ligados ao fenômeno. Nunca disse que são diferentes, até porque já entrevistei membros dela. Nâo veja o que não existe.

4) Não cabe a mim julgar se existe uma torcida melhor ou pior que outra.

Unknown disse...

e dar uma bela tese sociológica.

Anônimo disse...

Esse novo tipo de grupo, não há filiação, não há mensalidade, não há predisposição a guerrear com o rival, não há auto-referência e, principalmente, não há cantos que evocam a violência.

esta fase acabou. Inclusive, podemos citar o dia 30 de junho de 2006, quando a Geral do Grêmio protagonizou um premeditado episódio de barbárie no Beira-Rio (queimando os banheiros químicos e derrubando as grades para invadir o espaço das sociais coloradas) como o fim da inocência das "barras".

Anônimo disse...

NÃO MÍDIA !

Anônimo disse...

Bom, não quero que me leve a mal, estou apenas dando minha opinião.
Seguinte:
É claro que é óbvio que existem barras em toda a américa, mas eu destaquei isso justamente por não concordar quando falam só argentina e tal. Porque é o seguinte não foram eles que começaram com esse movimento de barra, eles fazem muuitas adaptações de musicas de outros países e tu falou alguma coisa sobre o idioma (dizendo que algumas torcidas cantavam em espanhol) mas todas essas torcidas da américa cantam em espanhol :S, isso não tem nada a ver com argentina.

Depois, tem muitas dessas toridas que NÃO se denominam barras. Ex: Legião Tricolor, pode falar com eles, o que eles fizeram foi um movimento inspirado na FESTA da geral, das argentinas e outras. E o que eu quis dizer é que as barras consolidadas, com aaaanos de existencia, com uma grande importancia na "história" das torcidas, não tem essa politica de "100% paz, queremos só torcer" e muitos desses movimentos são totalmente contra violencia (não que eu seja a favor), e sendo assim deixam um pouco de lado uma parte da filosofia "barra" de ser.

"3) Citei Alma Castelhana e Geral do Grêmio como dois nomes ligados ao fenômeno. Nunca disse que são diferentes, até porque já entrevistei membros dela. Nâo veja o que não existe." Me desculpa então, eu entendi errado. e exatamente por isso eu escrevi: "não entendi uma parte...", não foi querendo ver o q não existe, apenas para esclarecer. :)

E por ultimo o que eu quis dizer foi que essa historia de barra virou MODA! Muitos caras que nuuunca foram de torcida decidiram criar uma, e te garanto que esses que não tem conhecimento algum sobre torcida vão acabar desistindo lá na frente, pq não tem peito para seguir adiante. um exemplo? a 10 do santos acabou, não conseguiu segurar a barra!

e é o segunite cara, em nenhum momento eu duvidei do teu conhecimento sobre barras, até pq eu não represento nada na minha torcida, mas eu quis aproveitar o espaço pra dar a minha opinião sobre o que tu escreveu, pq é muito parecido com o que sai na midia do tipo televisão e jornal, e dai a gente não tem espaço pra opinar.
Me desculpe qualquer coisa,
geraldo
geraldo.88@hotmail.com

Ubiratan Leal disse...

Geraldo,

sem ressentimento algum.

Agora, o que eu não entendo (e isso me refiro a vários comentários) é o pessoal ver esse texto como algo que diz que as barras são todas maravilhosas. Como eu disse no começo, "o princípio" é bom e "parece um pacote perfeito". Se o princípio é bom, o resto não é, e falo nisso no texto ("aí começam os problemas", logo no parágrafo seguinte). Se usei a palabra "parece" é porque não é. Só parece, é algo superficial.

Anônimo disse...

Apenas corrigindo: Não existe "Alma Castelhana" no Grêmio, esse foi apenas um nome inventado pela imprensa. A única que há é a Geral do Grêmio, a maior brasileira.