quarta-feira, dezembro 26, 2007
Um circo chamado Granja Comary
Teresópolis, manhã de 10 de outubro. O treino da Seleção Brasileira é cancelado, mas os jornalistas continuam na Granja Comary tentando descobrir algum assunto para enviar às suas redações. Surpreendentemente, Dunga desce das acomodações e passa no meio dos repórteres. Um pára, faz o sinal de “jóia” e cumprimenta como quem busca aprovação e intimidade: “e aí, capitão?”. Não faltava mais nada para se perceber que aquele era um território hostil para o Balípodo.
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3 comentários:
sensacional o texto. Parabéns.
Ainda bem que temos esses veículos alternativos para expressar opiniões verdadeiras, sem lenga lenga e rabo preso. Obrigado!
Acho que vou vomitar. :-S
O texto chama-se "Um circo chamado Granja Comary", mas também poderia ser intitulado, ou mesmo ter como olho "Como um jornalista esportivo futebolístico pode achar o fato de estar no campo de treinamento da seleção mais famosa do mundo um tormento".
Outra coisa: o comportamento dos globais (inclua-se o SporTV nessa) retratado no texto corrobora uma teoria que eu tenho, segundo a qual a política esportiva da emissora do Jardim Botânico carioca é a coisa mais burra que já vi. Se não bastasse a promiscuidade com a CBF, os caras comportam-se como se uma bolha os isolasse do resto dos jornalistas ali presentes. Esse papo de só se comunicarem entre eles, ou formarem um grupo só de globais, é pernicioso à beça.
Não só pelo tiro no pé em relação a outros - não que, se os globais falassem com todo mundo, todos iriam embarcar na nau dos Marinho, mas haveria uma relação mais saudável, a chance de os jornalistas globais serem encarados como "iguais" seria muito grande -, mas pelo fato de que deve ser uma coisa desagradável você querer comentar com um global uma coisa normal, dividir alguma observação do treino, e esbarrar no decreto-lei não decretado de "a Globo não se mistura com os outros", ou mesmo dar de frente com gente arrogante, ah, isso deve...
O pior é que isso vem somente desde que a Globo tomou conta do futebol, isto é, coisa de há sete anos, no máximo.
Felipe dos Santos Souza
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