quinta-feira, abril 20, 2006
O escândalo que não poupou nem o Milan
Continuação
Ubiratan Leal
Palmeiras x torcida do Palmeiras
quarta-feira, abril 19, 2006
Eric Cantona
Continuação
Ubiratan Leal
terça-feira, abril 18, 2006
Dicas de 18 de abril (Lego na Copa)
Continuação
Ubiratan Leal
Espera pela Copa não pode ser desculpa
Continuação
Ubiratan Leal
segunda-feira, abril 17, 2006
Trombetas de 17 de abril
Continuação
Ubiratan Leal
Fifa Futebol
Continuação
Ubiratan Leal
quinta-feira, abril 13, 2006
Até parece
Pergunta sobre o Guarani
A tradição das Midlands no futebol
Continuação
Ubiratan Leal
quarta-feira, abril 12, 2006
E se Maradona não tivesse brilhado em 1986?
Continuação
Ubiratan Leal
Com que roupa... (Joma e Marathon na Copa)
Continuação
Ubiratan Leal
terça-feira, abril 11, 2006
Fogão, ê ô
Micah Richards
Continuação
Ubiratan Leal
Álbum da Copa do Mundo Panini
Continuação
Ubiratan Leal
segunda-feira, abril 10, 2006
Campeonato Andorrano
Trombetas de 10 de abril
Continuação
Ubiratan Leal
O Santos não é ruim como pintam alguns
Continuação
Ubiratan Leal
sexta-feira, abril 07, 2006
O pan-arabismo no futebol
Continuação
Ubiratan Leal
quinta-feira, abril 06, 2006
Gafe made in Mexico
Atlético-PR
Luigi di Biagio
Continuação
Ubiratan Leal
Por uma América futebolisticamente unificada
Continuação
Ubiratan Leal
quarta-feira, abril 05, 2006
Salvador Hugo Palaia
Continuação
Ubiratan Leal
Por que clássicos são necessários?
Continuação
Ubiratan Leal
terça-feira, abril 04, 2006
Amor próprio nas alturas
Continuação
Ubiratan Leal
Hooligans
Continuação
Ubiratan Leal
Dicas - World Cup Blog
Um pessoal nos Estados Unidos resolveu organizar o noticiário da Copa do Mundo em blogs. São 33, um para cada seleção e um para falar de arbitragem. Então, aí vão todos os links (em inglês).
Continuação
Ubiratan Leal
segunda-feira, abril 03, 2006
Trombetas de 3 de abril
Continuação
Ubiratan Leal
A melhor propaganda do 3-5-2 no Brasil
Continuação
Ubiratan Leal
sexta-feira, março 31, 2006
Adeus a "El Diablo"
Por quem a imprensa torce?
É raro a imprensa agradar ao torcedor. Primeiro, porque a mídia brasileira como um todo é cheia de falhas e vícios. No caso da esportiva, o excesso de oba-oba é o principal problema. Além disso, o torcedor comum tem uma tendência natural e instintiva de ver/ouvir/ler o que quer e de apenas confirmar seus pensamentos. Na soma dos dois casos, chega-se a conclusão de que os jornalistas são torcedores.
Continuação
Ubiratan Leal
quinta-feira, março 30, 2006
Resultado "histórico", e ninguém deu bola
Puma na Copa
Continuação
Ubiratan Leal
Os burros continuam voando
Continuação
Ubiratan Leal
quarta-feira, março 29, 2006
Técnicos emprestados
Estádio Olímpico de Munique
Um dos estádios mais tradicionais da Alemanha foi abandonado por causa da Copa do Mundo de 2006. O Olímpico de Munique, construído para as Olimpíadas de 1972 e palco da final da Copa de 1974, foi deixado de lado por não proporcionar uma atmosfera intimista para os torcedores. E, assim, os organizadores decidiram construir um edifício completamente novo, o Allianz Arena. Pois vamos lembrar alguns fatos do velho estádio de cobertura tensionada.
Continuação
Ubiratan Leal
E se Romário tivesse jogado em 1998?
Pela primeira vez desde 1986, o Brasil se prepara para uma Copa do Mundo sem que haja pedidos por Romário. Enquanto a seleção de Parreira tem sua linha de frente decantada pelos torcedores, o atacante é cotado para defender o Miami, time da USL, liga de segundo escalão nos Estados Unidos. O que já não era sem tempo, pois, das Copas que Romário não jogou, apenas em 1998 ele realmente poderia ter acrescentado algo. Mas o que ele faria nos gramados franceses se não tivesse sido cortado?
Continuação
Ubiratan Leal
terça-feira, março 28, 2006
O Tricolor Suburbano volta a uma decisão
Continuação
Ubiratan Leal
Vincent Kompany
Continuação
Ubiratan Leal
segunda-feira, março 27, 2006
Onde comemorar?
Trombetas de 27 de março
Continuação
Ubiratan Leal
Uma boa aposta para um novo emergente
Continuação
Ubiratan Leal
sexta-feira, março 24, 2006
Muito mais que um jogo contra o Peru
Continuação
Diogo Terra
quinta-feira, março 23, 2006
Nem tudo está perdido
Rubinho
Ubiratan Leal
Libertadores ainda tem armadilhas
Ubiratan Leal
quarta-feira, março 22, 2006
Melhor que Gibão, Mãe Dinah, Robério de Ogum...
Valorizar raízes protege contra apequenamento
Ubiratan Leal
terça-feira, março 21, 2006
Maldição também no "Quem é vivo"
Clássico Mundial de Beisebol x G-14
segunda-feira, março 20, 2006
Trombetas de 20 de março
Ubiratan Leal
Classificação do Estadual do Rio
Todas as Copas do Mundo
Ubiratan Leal
sexta-feira, março 17, 2006
UA Maracaibo x Nacional
Em busa de El Dorado
Ubiratan Leal
quinta-feira, março 16, 2006
E se o remo fosse o esporte nacional?
Ubiratan Leal
Investidores externos
"Com que roupa" especial: Lotto e Umbro
Ubiratan Leal
quarta-feira, março 15, 2006
O lado ruim da Liga dos Campeões
Ubiratan Leal
terça-feira, março 14, 2006
À Sombra das Chuteiras Imortais
Ubiratan Leal
Steaua Bucareste
Ubiratan Leal
Sergio Agüero
Diego Terra
segunda-feira, março 13, 2006
Lopes falhou, mas há mais erros no Corinthians
Ubiratan Leal
Trombetas de 13 de março
Ubiratan Leal
Fotos da Copa
sábado, março 11, 2006
Clássicos!
sexta-feira, março 10, 2006
Qual é o duelo brasileiro, mesmo?
Condor no Paraguai
A solução japonesa
Ubiratan Leal
quinta-feira, março 09, 2006
Touro vermelho
Victor Bonilla
Ubiratan Leal
Clubes do interior precisam descobrir modelo
Ubiratan Leal
quarta-feira, março 08, 2006
George Best
Ubiratan Leal
O torneio do cinqüentenário da Copa
Ubiratan Leal
O time de Houston na MLS
terça-feira, março 07, 2006
Dicas de 7 de março
Nas Pegadas dos Campeões
Ubiratan Leal
segunda-feira, março 06, 2006
Questão de competência
Discussão de calendário mundial é complexa
Ubiratan Leal
Trombetas de 6 de março
Ubiratan Leal
Atlético Nacional goleado
Desfecho decepcionante
sexta-feira, março 03, 2006
Três anos e vinte passos para trás
Ubiratan Leal
quinta-feira, março 02, 2006
E se a Copa dos Campeões não existisse?
Ubiratan Leal
"Com que roupa" especial: Adidas
Ubiratan Leal
quarta-feira, março 01, 2006
A cidade com mais clubes no Brasil
Ubiratan Leal
Você sabia? - Futebol capixaba
Ubiratan Leal
terça-feira, fevereiro 28, 2006
Luciano Spaletti
Ubiratan Leal
Mais turbulência à vista
Ubiratan Leal
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Batalha pelo direito à informação começou
Ubiratan Leal
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Quando a Alemanha parou nas Eliminatórias
Ubiratan Leal
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Alma platense
Ubiratan Leal
Quem é vivo... - Alexander Viveros
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Conceito de "bom jogo" é cultural
Matthäus pode dar certo, mas é inversão de prioridades
Jornalista pode torcer?
terça-feira, fevereiro 21, 2006
De volta à ladainha...
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Links!!!!!!!!!!!!!!
PS.: o arquivo vai ficando jóia de novo... Finalmente... Já estão no ar quase todos os textos de julho de 2003 (criação do Balípodo) a dezembro de 2004.
Chutômetro e trombetas
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Atualizações
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Mais novidades!
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Mourinho, trombetas e futebol africano
Ubiratan Leal
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Pesquisa Balípodo
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Novidades no Balípodo e Chutômetro

Seguinte: apesar de ainda serem necessários ajustes, o Balípodo está de volta ao seu antigo servidor (veja!). Todos os textos publicados aqui no Balipodinho já foram republicados lá (alguns com mais fotos, como a apresentação da Libertadores, já que o sistema do Blogger só publica imagens quando está de bom humor), aos poucos, o arquivo vai voltando ao normal e os novos textos aparecerão por lá. No Balipodinho, apenas um resumo do que pintar. Mais detalhes do futuro do site aqui.
Para reestrear o espaço, veja as Soluções do Chutômetro 23 e as perguntas do Chutômetro 24 (os ajustes finais para a volta são o motivo para a demora na divulgação do novo teste e para, na semana passada, terem entrado apenas textos pequenos). E, amanhã, o Balípodo aproveita a volta ao normal (ou quase isso) para fazer outros tipos de perguntas.
Agora vai!!!!!!!!!!!!! (espero)
Ubiratan Leal
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Copa Libertadores da América 2006
De qualquer forma, é inegável que há uma “mitologia” em volta da competição, que desperta um certo fascínio nos torcedores brasileiros. Não só por significar a conquista de um título continental, mas por mostrar poder de superação diante de obstáculos – alguns fictícios ou exagerados – como arbitragens, torcidas hostis e altitude.
Veja quais as chances de cada clube na Libertadores de 2006.
GRUPO 1
A chave tem seus dois favoritos bastante evidentes, até porque conta com o campeão e um semifinalista da última edição. Assim, o São Paulo é favorito ao torneio. A equipe do Morumbi perdeu jogadores-chave como Cicinho e Grafite, além do técnico Paulo Autuori. A diretoria demorou um pouco para agir, mas foi hábil e contratou bons substitutos (Maurinho, Alex Dias e Muricy Ramalho), mas sempre há o risco de não dar certo. Outro problema é que o time continua sem um armador nato. Esse buraco na criação só não tem maiores conseqüências devido à participação constante dos alas e ao fato de os dois volantes serem técnicos. Ainda assim, já jogos em que a falta de criatividade de Danilo se faz presente. No mais, o time é forte, tem a base vitoriosa de 2005 e relativa falta de pressão pelo título.
As Chivas Guadalajara vêm um pouco atrás. Em teoria, o Rebaño Sagrado pode ser apontado como um dos favoritos à conquista do título. O time é forte, experiente, já conhece os meandros da Libertadores e já demonstrou não temer os grandes clubes da América do Sul. O problema é que, por só aceitar jogadores mexicanos, o clube invariavelmente cede muitos jogadores à seleção azteca. Como a preparação mexicana para a Copa terá início em abril, o clube mais popular do México pode ficar sem sua base nos jogos decisivos. Em campo, há bons jogadores em todos os setores, como o goleiro Sánchez, o zagueiro Salcido, os meias Pineda e Bautista e a dupla de ataque Medina e Bravo. É o grande rival do São Paulo na primeira fase podendo, inclusive, ficar com a primeira colocação na chave.
O único time que passa a sensação de que pode atrapalhar brasileiros e mexicanos é o Cienciano. O clube de Cuzco é um emergente no cenário peruano que parece fazer força para se consolidar como alternativa ao trio Universitário-Alianza Lima-Sporting Cristal. Nesta temporada, uma parceria com a LG (mesma patrocinadora do São Paulo) permitiu o investimento de US$ 1,5 milhão em contratações, um valor alto até para os padrões brasileiros. Assim, os imperiales estão confiantes e com um elenco forte, até porque o antigo time titular está no banco, dando suporte ao elenco para encarar o sacrificante calendário peruano. Se a isso tudo for somada a altitude de 3,4 mil m de Cuzco e a pressão de uma das torcidas mais barulhentas do país, é até possível imaginar que o Cienciano atrapalhe a vida dos favoritos. Mas uma classificação seria um acidente.
Se o Cienciano até pode pensar na classificação, é difícil imaginar como o Caracas possa fazer algo melhor do que terminar a primeira fase com uma campanha apenas honrosa. O time é fraco e não fez investimentos muito pesados para a competição. Os principais destaques são os atacantes colombianos Capintero e Serna, que terão a sombra do recém-contratado camaronês Forbin na disputa por um lugar no time titular. O problema deles é que Rojas e Guerra não são armadores dos mais criativos e a bola não chega com tanta constância ao ataque.
GRUPO 2
Teoricamente, é a chave mais fraca da competição. Por isso, a tradição e um mínimo de qualidade técnica e espírito de competição já coloca o Estudiantes de La Plata como favorito. Para um clube que fez sua história na base do futebol truculento e “de resultado”, é estranho ver como o time atual joga de maneira mais leve e ofensiva. O fato de o time platense estar fazendo campanha consistentes nos últimos três anos é um bom sinal e a classificação para a segunda fase, provável. No entanto, não se pode imaginar o time comandado por Cominges e Pavone lutando pelo quarto título continental.
E briga pela segunda vaga deve ser bastante equilibrada. Pela trajetória recente dos clubes colombianos, o Independiente Santa Fé aparece como forte candidato à classificação. A equipe conta com um conjunto razoavelmente talentoso e a altitude de Bogotá. No entanto, o time da capital colombiana não tem uma arma que possa deixá-lo em vantagem estratégica diante de um adversário, a não ser o experiente atacante Preciado. Isso ficou claro no jogo de volta contra o Defensor Sporting na fase preliminar. Mesmo superior tecnicamente e jogando em casa, o Independiente Santa Fé não conseguiu se impor diante de uma equipe determinada e acabou anulado. Se os uruguaios tivessem um pouco mais de talento em campo, poderiam ter se classificado.
É nessa falta de um diferencial que está a esperança do Sporting Cristal. O time mais forte do Peru na atualidade, conta com o lateral Vílchez e o atacante Jorge Soto, experientes e capazes de dar suporte aos jogadores menos conhecidos, como o meia Marczuck. A força da equipe está na defesa e na estabilidade, o que pode compensar a dificuldade de atuar na altitude de La Paz e Bogotá.
O azarão do grupo é o Bolívar. O time boliviano com mais sucesso no exterior só tem esperanças de classificação porque estão em um grupo fraco. Em crise financeira, a Academia viu um grande êxodo de seus principais jogadores no segundo semestre de 2005 e, por mais que tenha conseguido mantê-los na Justiça, foi o suficiente para desconstruir a base que levou os celestes à final da Copa Sul-Americana de 2004. Os destaque que sobraram são o veterano zagueiro Sandy, os meias Vacadíez e Almaraz, o atacante paraguaio Cuéllar e os 3,6 mil m de altitude de La Paz.
GRUPO 3
Outra chave que, em teoria, não conta com um favorito ao título. O Newell’s Old Boys apareceu bem no segundo semestre de 2004 e conquistou o título argentino, mas não conseguiu manter o mesmo nível no ano passado. Depois de duas campanhas anônimas, o clube de Rosário tentou se reforçar e, com um projeto de longo prazo, conseguiu se recuperar um pouco. Ortega e Belluschi são referências na armação, mas são inconstantes. Scocco é o único atacante por vocação, mas mercê algum crédito mesmo sendo jovem.
Um pouco atrás dos leprosos aparece o Goiás. O Alviverde manteve a base de 2005 e, com Geninho, deve continuar fiel ao 3-5-2 com forte participação dos laterais na armação, com muita movimentação dos atacantes e jogadas em velocidade. A defesa com trêz zagueiros fixos dá relativa segurança ao bom goleiro Harlei. No entanto, as saídas de Rodrigo Tabata e Paulo Baier tornam o time um pouco mais previsível e menos brilhante. A falta de experiência internacional pode-se fazer sentir.
Se isso realmente acontecer, a Unión Española ganha força como candidata à segunda fase. A equipe não é forte e o fato de ter vencido o Campeonato Chileno no primeiro semestre pode iludir. A campanha da equipe foi apenas regular e o time se aproveitou do fato de a final ser em mata-mata para vencer no momento decisivo. De qualquer forma, a Unión está repleta de jogadores experientes que, em boa fase, podem incomodar bastante. Destaque para o goleiro Gaona, o zagueiro Pedro Reyes, os meias Émerson (ex-São Paulo) e Sierra (também ex-São Paulo) e a perigosa dupla de ataque Tapia (ex-Cruzeiro) e Neira.
Nem o fato de o grupo ser apenas mediano dá muitas possibilidades ao The Strongest. A equipe atigrada é fraca e suas poucas chances de classificação estão no eventual aproveitamento da altitude de La Paz diante de três adversários desacostumados com o ar rarefeito dos Andes. Baldivieso, com experiência da Copa de 1994, e Coelho são os melhores jogadores, além do zagueiro Zelaya. Nada que assuste.
GRUPO 4
Ao lado do 7, pode ser considerado o “grupo da morte”. Até porque conta com dois candidatos ao título e dois coadjuvantes que seriam favoritos à classificação se estivessem em outra chave. Em tese, o time mais forte é o Corinthians. No papel, o time tem de ser obrigatoriamente listado entre os favoritos, pois têm talento e dinheiro. Porém, é difícil analisar uma campanha corintiana na Copa Libertadores. O clube tem uma admirável capacidade de se implodir na competição por motivos fúteis como ceder às pressões internas ou brigas políticas (dois problemas que devem ser recorrentes em 2006). Se souber escapar das armadilhas criadas por si próprio e vencer os sempre imprevisíveis clássicos paulistanos, pode conquistar sua primeira competição continental.
Independentemente das questões internas do Corinthians, seu adversário mais forte na primeira fase deve ser o Tigres UANL. Quarta colocada no último campeonato mexicano, a equipe de Monterrey tem jogadores experientes e talentosos em todos os setores, sobretudo os zagueiros Júlio César (brasileiro, ex-Real Madrid e Milan) e Briceño, o meia Peralta e o atacante chileno Sebastián “Chamagol” González. O problema do time é a falta de regularidade.
Os dois outros integrantes do grupo estão no mesmo nível técnico e podem complicar os favoritos e até pensar na classificação. O Deportivo Cali poderia pintar como candidato a surpresa, mas vendeu o atacante Hugo Rodallega, artilheiro do Torneo Finalización da Colômbia para o Monterrey e perdeu seu fator de desequilíbrio. Em uma chave que pode ser considerada a mais forte da competição, a falta de um jogador acima da média pode ser fatal. O ataque ficou a cargo de Blas Pérez e um entre Tapias e Carrillo, ambos integrantes da seleção colombiana em categorias menores. O resto do time prima pela homogeneidade e bom jogo coletivo, com peças-chave na dupla de zaga Caballero-Rivas e no volante Patiño.
Pelo que jogou no segundo semestre de 2005, a Universidad Católica é um time de respeito que pode encarar qualquer equipe do continente. No entanto, as incertezas do mercado de verão tiraram a confiança do grupo, que começou desconcentrado na atual temporada. A principal virtude da equipe é a defesa, com o bom goleiro Buljubasich e uma linha de três defensores diante dele. Para atacar, os cruzados contam com o argentino Conca armando para as conclusões do também argentino Quinteros.
GRUPO 5
A chave merece alguma atenção porque conta com um time que podem surpreender a partir da segunda fase, apesar de não pensar no título, além do time mais forte entre os argentinos. Sem o Boca Juniors na disputa, o Vélez Sársfield é a principal força argentina na Libertadores de 2006. A base foi formada no próprio clube e já mostrou ter talento para recolocar o Fortín entre as principais forças do continente. O grande destaque do time é o atacante Castromán, mas Sessa, Cubero, Pellegrino e Gracián também merecem cuidados para os adversários. O problema é que o clube cai muito de rendimento quando algum desses jogadores não atua, pois não há reservas à altura.
Como segunda força aparece a Liga Deportiva Universitária de Quito. Com a base da seleção equatoriana que vai à Copa, a equipe merece respeito. Tem conjunto e bastante experiência, além de algum talento em nomes como Reasco, Palacios e Delgado. Com a altitude de Quito a seu favor e o costume de jogar em competições sul-americanas, os blancos são favoritos à classificação.
Um pouco atrás, e alimentado pela rivalidade Peru x Equador, o Universitário chega à competição otimista e pensando em chegar à fase de mata-mata. A diretoria investiu bastante para isso, contratando o zagueiro Centurión e o atacante argentino Maceratesi. Como tem muitas novidades, os cremas podem demorar para encontrar seu futebol e perder a oportunidade de passar de fase. Mas é um time que merece alguma atenção pelo potencial que possui.
A quarta força do grupo é o Rocha. Acabada a euforia do inédito título de um clube do interior do Uruguai, o clube celeste deve se auto-analisar e perceber que não tem condições de ir muito além disso. A equipe é regular e dificilmente terá forças para encarar as forças do continente. Os principais jogadores são Magureguy e Cardozo e o objetivo principal é fazer uma campanha digna. Nada mais que isso.
GRUPO 6
Se mantiver o mesmo futebol competitivo do Campeonato Brasileiro, o Internacional é candidato a semifinalista, com possibilidades até de título. E não há muitos motivos para acreditar que o colorado caia de rendimento em relação ao ano passado. O clube teve dificuldades e quase passou por crises internas, mas manteve seus principais jogadores. Apesar das reclamações dos torcedores do time da falta de um matador, o ataque é perigosíssimo, com Fernandão e Rafael Sóbis, com Rentería de opção no banco. O meio campo é sólido, liderado por Tinga e com a habilidade de Márcio Mossoró e Iarley. O problema está na defesa. Clemer não é confiável e o miolo de zaga também não é dos melhores. Uma possível mudança do 3-5-2 de Muricy para o 4-4-2 de Abel Braga pode trazer problemas de adaptação, sobretudo na função dos laterais.
Um degrau abaixo está os Pumas Unam. É o representante mais fraco entre os mexicanos, mas deve ser visto com muito cuidado. Os universitários foram vice-campeões da Sul-Americana e, mesmo perdendo seis jogadores no mercado de inverno (o México fica no hemisfério norte, né?), o excelente goleiro Bernal e o oportunista atacante Marioni continuam no clube felino, que está com novo ânimo desde a chegada do técnico Miguel España. O brasileiro Pinheiro chegou para dar velocidade ao meio-campo a uma equipe que deve primar pela voluntariedade.
Com chances pequenas, está o Unión Atlético Maracaibo, certamente a única equipe venezuelana capaz de criar alguma dificuldade aos principais clubes do continente. O clube já contava com o bom goleiro Angelucci e o artilheiro Maldonado, mas soube investir em reforços que, no mínimo, aumentarão bastante as opções para o técnico Carlos Maldonado. É difícil imaginar o time azulgrená superando Internacional e Pumas Unam, mas não é descartada a hipótese de tirar pontos desses times quando atuar em casa.
Apesar da tradição, o Nacional de Montevidéu deve disputar apenas a terceira posição com os venezuelanos. Em grave crise financeira, o Tricolor se desfez dos poucos jogadores realmente talentosos e ficou dependente do armador Albín, único capaz de criar alguma coisa na equipe.
GRUPO 7
Certamente uma das chaves mais fortes da competição, em que qualquer equipe pode se classificar sem que isso seja uma surpresa. Para a primeira fase, pode-se considerar o Palmeiras favorito. O Alviverde deve ser motivado pela presença de Corinthians e São Paulo no torneio, mas não há tanto motivo para otimismo. O time conta com bons jogadores em quase todas as posições e peças de reposição. No entanto, à exceção do goleiro Marcos, não se vê no elenco palmeirense um jogador brilhante, capaz de carregar a equipe em uma competição tão dura. Até porque as principais estrelas estão envelhecidas e já não vivem seu melhor momento, o que pode ser decisivo nos momentos mais agudos da competição.
A segunda força do grupo também é alviverde. Com o atacante Aristizábal e o lateral-esquerdo Bedoya, é fácil perceber como o Atlético Nacional (conhecido no Brasil como Nacional de Medellín) é uma das equipes mais fortes da Colômbia. Tanto é verdade que nem a má campanha no Torneo Finalización de 2005 tirou do clube a condição de principal força do país na Libertadores. Se passar da primeira fase (o grupo é dificílimo) e dependendo da montagem do mata-mata, não seria de estranhar caso chegasse às quartas-de-final. Mas é difícil imaginar que se trate de um novo Once Caldas.
A experiência em Libertadores e o espírito competitivo faz do Cerro Porteño um time de respeito sempre. O Ciclón conta com bons jogadores como o goleiro Barreto, o volante Fretes e o meia Salcedo. Com essa base, a equipe ganhou os dois torneios do Campeonato Paraguaio de 2005 e se colocou como possível surpresa para a Libertadores. No entanto, o clube sofrerá com o assédio da Europa sobre seus jogadores, o que pode desestabilizar a equipe. De qualquer forma, tem condições de passar de fase, mesmo em uma chave cheia de equipes tradicionais.
Um pouco atrás está o Rosario Central. O time não é ruim, mas, salvo o volante Coudet (ex-lateral do River Plate) e o meia Ledesma, carece de experiência. A esperança é que os jogadores mais jovens entrem no ritmo do torneio e transformem o Rosario Central em uma equipe realmente competitiva. Isso sem contar a pressão da fanática torcida centralina no estádio Gigante de Arroyito.
GRUPO 8
A tradição mostra que todo ano terminado em 6 tem o River Plate na final da Libertadores. Uma mística curiosa, mas que pode cair em 2006. O técnico Mostaza Merlo soube remontar uma equipe destruída após o primeiro semestre do ano passado e encontrou jogadores de talento nas categorias de base do clube. Com isso, a diretoria teve de investir em reforços pontuais (como Lucho Figueroa e, talvez, D’Alessandro) e tornar o elenco consistente. Porém, é inegável que a equipe de Daniel Passarella está um nível abaixo de adversários como São Paulo, Chivas, Corinthians, Tigres e Vélez. Em relação à primeira fase, é difícil imaginar como os millonarios não passariam em um grupo apenas mediano.
A briga pela segunda vaga deve ter como principal protagonista o El Nacional, típico time que varia muito o nível de desempenho quando atua na altitude e fora dela. Nos Andes, os militares têm um futebol autoconfiante, que busca desorientar o adversário com jogadas pelas pontas e muita velocidade. Fora de casa, os puros criollos são frágeis e aceitam a superioridade do adversário. Outro problema do clube é a renovação de contrato do zagueiro Guagua, peça fundamental no sistema defensivo do time.
Se o campeão equatoriano não confirmar as expectativas, pode abrir espaço para o Libertad. Apesar de se manter como clube com melhor infra-estrutura do Paraguai, o Alvinegro já não vive o período de bonança das últimas temporadas. Assim, investimentos extravagantes como o lateral-direito Arce estão descartados e a expectativa para a Libertadores naturalmente é reduzida. Com um elenco esforçado e de experiência, é possível lutar pela classificação. Mas não há condições para a equipe evoluir muito além das oitavas-de-final.
Como surpresa está o Paulista, talvez a maior incógnita da competição. São raras as oportunidades de medir o time de Jundiaí contra adversários de primeiro nível, o que dificulta estabelecer um parâmetro para o Galo da Japi. A inexperiência da equipe em competições internacionais deve pesar contra, até porque a diretoria não investiu além do normal por causa da Libertadores. Porém, já provou na Copa do Brasil que sabe utilizar o mando de campo para fazer os resultados necessários em um torneio curto.
Ubiratan Leal
Clássico santista
Liverpool x Chelsea
Trombetas de 6 de fevereiro
* O Palmeiras perdeu do São Paulo e Leão não culpou a arbitragem.
* Luizão continua jurando que era torcedor do Flamengo desde criança. E ainda colocou seu pai na jogada.
* A Cabofriense, pelo segundo ano seguido, desclassificou o Fluminense da Taça Guanabara no Maracanã.
* Uma das semifinais da Taça Guanabara foi marcada para segunda, sendo que o sábado ficou sem jogo algum. E ainda falam que o Campeonato Estadual do Rio é melhor para o público.
* Os líderes do Campeonato Paranaense após oito rodadas são Rio Branco e Adap.
* Após oito rodadas, o Bahia estaria fora das quartas-de-final do Campeonato Baiano.
* O Marcinho chegou a dizer que esse time do Palmeiras era imbatível.
...o pior é que há os que já acham isso tudo normal.
Ubiratan Leal
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Quem é vivo... - ...aparece no Paraná
Freddy Rincón
Volante forte fisicamente, mas com boa técnica, era líder das equipes por que passava. Teve boa passagem pelo Palmeiras, não tão boas por Napoli e Real Madrid e atingiu seu auge pelo Corinthians, clube pelo qual conquistou um título mundial como capitão. Largou o Alvinegro para ir ao Santos que lhe ofereceu uma fortuna. Não recebeu salário e deixou a Vila Belmiro. Depois de ficar um ano parado à procura de um clube, voltou ao Corinthians, em 2004. Brigou com Tite na equipe que quase foi rebaixada no Paulistão e abandonou a carreira. Voltou ao futebol como dono de um café que patrocinou a Portuguesa em 2005. Agora, o retorno é direto: como técnico do Iraty. E, no Atlético-PR x Iraty, teremos a possibilidade de rever o duelo Matthäus x Rincón da Copa de 1990.
Célio Silva
Zagueirão de Internacional e Corinthians, Célio Silva se notabilizou pela força física e voluntariedade, além de ficar conhecido como o dono do chute mais forte do Brasil. No entanto, se sobrava força, muitas vezes faltava direção às suas cobranças de falta. Para um jogador que quase foi contratado pelo Manchester United em 1997 e passou pela seleção brasileira, o sumiço realmente era estranho. Pois, agora, Célio Silva reaparece. Como técnico debutante no Paranavaí.
Vítor
Quando Cicinho se apresentou ao Real Madrid, Tomás Roncero, colunista do diário esportivo madrileno As e entusiasta de jogadores brasileiros, quis deixar claro que o reserva de Cafu na seleção não era um novo Vítor. O curioso é alguém na Espanha se lembrar até hoje que o lateral-direito que surgiu no São Paulo e chegou a obrigar Telê a improvisar Cafu no ataque para ser aproveitado passou pelo Santiago Bernabéu. Depois que voltou de Madri, Vítor nunca mais apresentou o mesmo futebol, mas conseguiu lugares em grandes equipes por um bom tempo. Assim, se tornou um dos maiores vencedores da história da Libertadores, com quatro títulos (1992 e 93 pelo São Paulo, 1996 pelo Cruzeiro e 1997 pelo Vasco). Ainda passou por Botafogo-RJ, Osasco e Juventus-SP. Hoje, aos 33 anos, é comandado de Célio Silva no Atlético Paranavaí.
Carlos Alberto Dias
Jogador mais conhecido do atual elenco do Nacional de Rolândia. Carlos Alberto Dias ficou conhecido como um dos principais meias do futebol carioca no início da década passada. Chegou a defender a seleção brasileira, mas até hoje é marcado pelo tempo em que passou no Botafogo e no Vasco. Com 39 anos, já passou por Matsubara, Bellmare Hiratsuka-JAP, Coritiba, Botafogo, Vasco, Grêmio, Shimizu S-Pulse-JAP, Paraná, Verdy Kawasaki-JAP, América-SP, Ceará e Sertãozinho.
Sinval
O Balípodo não listará os clubes pelos quais passou Sinval porque provavelmente faltaria espaço no servidor para tanto. Mas o Sinval do Cianorte é o mesmo atacante que começou na Portuguesa junto com Dener e foi campeão da Copa São Paulo de Juniores. Provavelmente ele passou pelo seu time, leitor.
terça-feira, janeiro 31, 2006
Figuras - Hugo Gatti

Nascido em 19 de agosto de 1944, na cidadezinha de Carlos Tejedor (província de Buenos Aires), Gatti estreou na Primera argentina defendendo as cores do clube que o revelou: teve uma atuação razoável na vitória por 2 x 0 do Gimnasia y Esgrima de La Plata sobre o Atlanta. Fez uma carreira notável na equipe tripera platense e chegou a jogar no Racing e no River Plate - mas sua fama foi consolidada no arco do Boca Juniors, clube que passou a defender a partir de 1976.
Pelo time de La Bombonera, Gatti conheceu tanto o sucesso quanto o fracasso. Foi o herói da primeira Libertadores conquistada pelos xeneizes, em 1977, defendendo o pênalti do cruzeirense Vanderlei na decisão por pênaltis pelo terceiro jogo da final, em Montevidéu. Também era ele quem ocupava o arco auriazul quando o Boca sofreu a pior derrota de sua história como mandante: 0 x 6 para o inexpressivo San Martín de Tucumán, em 1988. Ao todo, foram 381 partidas pela equipe mais popular da Argentina (é o segundo jogador com mais atuações pelo Boca, atrás apenas do zagueiro e xerife Roberto Mouzo, com 398 jogos).
Personagem de inúmeras histórias, certa vez admitiu que, num amistoso da seleção argentina contra a União Soviética, em Moscou levou para trás do arco uma pequena garrafa de vodca! Em outra ocasião, atuando pelo Boca Juniors, driblou três atacantes do Estudiantes e deu um passe longo para o atacante Perotti marcar o gol da vitória boquense sobre os pinchas, pelo Metropolitano de 1981 (com Maradona no time). Pelo Metropolitano 1964, ainda defendendo o Gimnasia platense, enfrentava o Boca quando foi marcada uma falta para o time de La Bombonera. Paulo Valentim - ex-Botafogo e maior artilheiro xeneize nos superclásicos contra o River, com 10 gols - cobrou com a força habitual. Gatti, surpreendentemente, abriu as pernas e deixou a bola passar. Respondeu às óbvias reclamações dos companheiros com um argumento insólito: quem se enganou havia sido o juiz, por cobrar tiro livre direto e não indireto!
Encerrou a carreira no Boca Juniors, após uma derrota por 0x1 para o Deportivo Armenio (equipe mantida pela comunidade originária do país caucasiano). Hoje, além de escrever com freqüência para os jornais espanhóis As e Marca e para o Olé argentino, comenta jogos pela ESPN internacional, sempre mantendo vivo seu espírito polêmico e suas pouquíssimas papas na língua, como nos tempos de jogador (certa vez declarou: "Sou o melhor", quando perguntado sobre qual o melhor goleiro argentino de todos os tempos; mas, às vésperas da Copa do Mundo de 1978, insistiu em que não deveria ser convocado pelo técnico César Menotti, pois não se sentia em boas condições físicas, deixando a vaga para Ubaldo Fillol).
Diogo Terra
Imagem: Informe Xeneize
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Trombetas de 30 de janeiro
* O América luta pela classificação às semifinais da Taça Guanabara.
* Após seis rodadas, o Criciúma luta contra o rebaixamento em Santa Catarina.
* O Atlético-GO lidera o Campeonato Goiano.
* O Paraná é o grande com melhor campanha no Campeonato Paranaense.
* Na mesma semana, o Arsenal foi desclassificado na Copa da Liga e na Copa da Inglaterra por Wigan e Bolton.
* O São Paulo perdeu Amoroso e Grafite e, no lugar, trouxe Leandro, ex-Flu e Corinthians.
* O Palmeiras precisou da ajuda da arbitragem para ganhar do Deportivo Táchira no Parque Antarctica (se bem que, se o juiz não desse os gols irregulares, provavelmente o time marcaria outros. Mas isso é o de menos, hehe)
* Bahia e Vitória estão na Série C.
* O Atlético-MG, que está na Série B, tomou de 3 x 0 do Democrata-SL
...o pior é que há os que já acham isso tudo normal.
Ubiratan Leal
sábado, janeiro 28, 2006
Chutômetro 23
2) De que time é o estádio Altos da Glória?
3) Que jogadores já conquistaram a Copa Libertadores e a Copa/Liga dos Campeões da Europa?
4) A quem pertence a marca “New York Cosmos”?
5) Que inscrições futebolísticas apareceram nos carros de Jordan (GP da França) e Minardi (GP da Inglaterra) no Mundial de Fórmula 1 de 1994?
6) De que clube é esse distintivo?

Dica: é latino-americano e tem nome de um animal que é mais conhecido por ser personagem de desenho animado (não é em português)
7) Que estádio é esse?

Dica: já sediou Copa do Mundo e é quase homônimo a um estádio importante da Inglaterra
8) Quem é o sujeito da foto?

Dica: jogou a Copa de 1966 e, décadas depois, seu filho (que é a cara dele) foi campeão do mundo.
9) Que time é esse? Não precisa indicar o nome dos jogadores, apenas apontar a equipe e sua importância.

Dica: ganhou um título surpreendente e na casa do adversário
10) Que jogo foi esse?

Dica: fácil, né? É só procurar que acha a resposta
Deixe suas respostas no espaço de comentários ou mande para ubiraleal[arroba]gmail.com. NÃO coloquem respostas no espaço de comentários, pois elas serão apagadas imediatamente. A idéia não é distribuir prêmios, apenas brincar. As respostas corretas serão publicadas na próxima semana, ao lado do nome dos acertadores.
Ubiratan Leal
Obs.: Veja as respostas do Chutômetro 22 aqui.
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Futebol carioca não precisa se bastar em símbolos
Cidade com uma história muito mais longa que São Paulo – apesar de a capital paulista ser 11 anos mais velha, foi por muito tempo apenas uma vila a mais no Brasil – e ex-sede do governo federal, o Rio até hoje carrega resquícios do período romântico em que tudo parecia girar em torno da cidade. Tanto que a identidade brasileira até hoje é construída na capital fluminense. E os cariocas se identificam dessa maneira, ao contrário, por exemplo, dos paulistanos, que esquecem seus símbolos em nome do que eles entendem por progresso.
Essa alimentação de ícones, de momentos de um período muito mais romântico do futebol, do Rio de Janeiro e do Brasil como um todo faz parte do “charme” do Campeonato Estadual do Rio. Até porque é difícil concorrer contra um torneio que, em sua trajetória, tem o Maracanã, um clássico foneticamente tão envolvente quanto o Fla-Flu e uma história escrita por cronistas como Nélson Rodrigues, sempre ao som de uma época em que a música produzida nesse país era muito melhor que hoje.
Ao ver a situação atual do futebol carioca e essa análise, pode parecer que se agarrar a tais símbolos é negativo. Pelo contrário. É parte da cultura do torcedor do Rio de Janeiro e, sem isso, ele perde sua referência. Não é à toa que a decadência do futebol da antiga capital federal começou com a interdição do Maracanã após o Botafogo x Flamengo pela final do Brasileirão de 1992.
O problema é que, sem que muitos percebam, os símbolos perderam seu significado e se tornaram apenas caricaturas. Em teoria, símbolo é um elemento que representa algo real. No entanto, basta olhar a escalação dos clubes cariocas para perceberem que os ícones da grandiosidade do futebol do Rio não representam uma realidade atual, mas um momento do passado.
Assim, os 5 x 3 do Botafogo sobre o Vasco podem ter sido emocionantes, mas soam como conseqüência de um jogo aberto entre duas equipes tecnicamente fracas. A reabertura do Maracanã deve ser festejada, mas o fato de as obras terem atrasado e estarem pela metade mostram que a volta efetiva do estádio ainda está por vir.
Mas nada tão claro quanto o caso de Romário em busca dos mil gols. Por mais que seja um desejo legítimo do jogador, soa como caricatura de sua própria carreira. Até porque um clube com tantas dívidas como o Vasco não deveria gastar dinheiro oficializando jogos-treino. Ou será que a representação real dessa busca do milésimo gol do baixinho são os favores que a direção do Vasco devem ao jogador, grande credor cruzmaltino?
O futebol do Rio de Janeiro não pode jamais deixar de lado o folclore que o cerca, pois é um aspecto cultural de seu torcedor. No entanto, só se recuperará quando conseguir dar algum sentido, uma representação real, a tantos símbolos que criou durante a história. E não achar que ter tantos ícones é glória suficiente.
Ubiratan Leal
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Calciatori Panini 2005-06

Porém, o lançamento do álbum do Campeonato Italiano é um acontecimento importante no calendário do calcio. Colecionar figurinhas é uma tradição, inclusive para adultos, desde que primeira edição foi publicada, em 1960. Tanto que a publicação chega a ser considerada referência a respeito da formação das equipes italianas nas últimas quatro décadas e meia. A ponto de a associação de médicos ter requisitado a inclusão dos médicos dos clubes na edição de 2005.
O que fica de interessante de analisar, independentemente da curiosidade de ver a importância de álbuns de figurinhas no futebol italiano, é perceber como se cultivar algo que faz parte da cultura do torcedor. Todo ano, a Panini anuncia novidades no álbum. Já houve edições em que havia figurinhas com os jogadores em ação, outras que propunham distintivos e nomenclaturas americanizadas para os clubes e até a incorporação de times de divisões inferiores. Não é só estratégia de marketing, é um meio de criar uma aura especial e dar sempre novo fôlego a um produto ligado ao esporte.

Porém, até como mostra do investimento que um álbum de figurinhas recebe na Itália, a principal atração é a possibilidade de um colecionador fazer uma figurinha de si próprio, vestindo a camisa do clube que desejar. O torcedor faz a montagem e envia para a editora, que imprime dez cópias e envia pelo correio.
Claro que tudo isso é fora da realidade brasileira. Álbuns de figurinhas já não têm o espaço no futebol brasileiro, ainda meias porque os clubes renovam seu elenco mensalmente e qualquer tentativa nesse sentido fica defasada rapidamente.
De qualquer forma, o mercado brasileiro demonstra uma enorme incapacidade de alimentar seus próprios elementos culturais. Se os italianos conseguiram com álbum de figurinhas, os ingleses com memorabilia como programas de jogos (semelhantes a programas de peças de teatro) e os norte-americanos com os baseball cards, não teria porque os brasileiros não fazerem o mesmo com suas tradições específicas. Depois há os que não entendem porque a Globo empurra o jogo das quartas-feiras para as 22h de forma que possa transmitir, antes, um resumo do dia no Big Brother.
Ubiratan Leal
Imagens: Calciatori Panini
terça-feira, janeiro 24, 2006
E se a primeira bola de futebol tivesse furado?
Charles Miller, arauto do esporte nas nossas terras, fez pompa para a primeira partida. Em um campo na Várzea do Carmo, centro da capital paulista, a Companhia de Gás esperava para derrotar a São Paulo Railway. Como qualquer evento novo em uma cidade que despontava mais e mais para o progresso industrial, eventos esportivos e de esforço físico atraíam uma certa atenção. Empilhados em caixas e escorados em muros, trabalhadores comuns e escravos libertos há poucos anos tentavam entender as regras do jogo.
Liderado por Charles Miller, a São Paulo Railway dominava a peleja. Após um chute forte, a pelota chocou-se direto com uma madeira do muro que delimitava o campo, provocando leves escoriações no esférico. Ainda assim, o prélio teve continuidade.
O time da Cia. de Gás parecia atropelado por uma locomotiva inglesa das mais ferozes, pois perdia por 4 x 2. Nervoso, um forward do team da empresa energética pensou: “faço tudo, mas não vamos perder a primeira!”. Seu ímpeto foi tanto que os sapatos, na verdade botas usadas nas inspeções das instalações, acabavam por ferir o revestimento da bola a cada passe ou chute mais forte.
Mas um lance mudou toda a história do jogo. O terreno não era muito plano e uma indústria que trabalhava com látex vindo do Amazonas despejava destroços do maquinário no local. Uma engrenagem parecida com uma roseta não ficou totalmente coberta e terminou a tarde como assassina de um esporte. O forward tentou a primeira jogada de linha de fundo do football brasileiro pelo lado esquerdo, mas não teve sucesso. A bola estourou ao ficar cravada em uma das pontas do metal, furando seu já calejado revestimento. No lance, o brasileiro ainda tropeçou, caindo direto com o nariz no chão. Ao ver aquela cena, um insucesso em forma de match, os players abandonaram o local rápido rumo ao hospital, abandonando o objeto outrora incensado por todos.
Bento, um operário da “Bhorracharia Amazonaz”, ficou intrigado com aquele abandono. Desceu do caixote e tentou alguns chutes, sem sucesso. Mal pensou em jogar fora e percebeu uma lata de lixo. Chamou a atenção dos amigos e disse que acertaria a bola no cesto, cerca de 4 m longe da sua posição. O trio sentado no muro duvidou e disse que pagaria um doce café se ele encaixasse a murchinha com o seu arremesso.
Em uma flexão de braços, com a força adquirida nos anos difíceis do refino de cana, Bento acertou na borda da lata, deixando o pedaço de couro morto no lixo. Eis que Joseph, o patrão da fábrica que observava todo o jogo do seu escritório, pensou em testar uma nova linha de produtos, bolas de borracha. Com uma visão de negócios rara para a época, passou a testar os projetos com os seus funcionários. Um detalhe chamou a atenção dos funcionários: quem mais acertasse a lata em 20 minutos levaria um exemplar do produto para a casa.
Alguns pares de meses passaram e não haviam regras definidas, mas nos cortiços da capital era comum encontrar meninos derrubando lixos ao passo que criavam um novo esporte, o “bola ao latão”, ou simplesmente “latão”. Mas, em um desses pequenos fatos que alteram o curso da história, algumas senhoras ergueram os cestos. A dificuldade logo virou norma e os postes passaram a balizar o campo, que antes era delimitado pelos recipientes no solo.
Oriundo das ruas, em 20 anos, o bola ao latão já era praticado no Rio de Janeiro e Minas Geraes, crescendo para o Nordeste e o Sul. Como o esporte enfatizava a força física e uma boa mira, acabou sufocando outras modalidades novas. O football de fato só apareceu no Brasil em 1917, em um match feito por Marcelo Nunes, um jovem luso, e Johann Sepp, alemão que tinha rotas comerciais com aquele porto do sul. O país só participou da Copa de 1930 porque era vizinho do Uruguai, mas isso não evitou um 8° lugar.
De volta ao latão, o esporte foi motivo de um incidente diplomático. Nascido em 1890, o basketball dos norte-americanos encontrou seu rival na América do Sul. Em tempos de guerra contra os nazistas, a Disney integrou as Américas com o desenho “Alô, Amigos”. Nele, Carmem Miranda era a torcedora de um jogo entre o Pato Donald e Zé Carioca. No roteiro original, o jogo seria nas regras do basketball, com vitória para os gringos. Reza a lenda que, ao ver a obra pronta, membros do governo Vargas reclamaram e quase que o desenho não foi aos cinemas. No final da história, Panchito, o mexicano, define regras comuns e o jogo termina com vitória norte-americana, mas Zé Carioca ganha um beijo da atriz luso-brasileira que compensa a derrota.
Nas décadas seguintes, a rivalidade só aumentou. Se argentinos, italianos e alemães brigavam no futebol – um esporte que o Brasil apenas beliscou um quarto lugar na Copa da Alemanha, em 1974 –, nossos rivais eram outros. O mundo viu nascer um Triângulo das Bermudas esportivo na década de 1980, com disputas afiadas em Mundiais de basquete e Olimpíadas entre Brasil, Estados Unidos e União Soviética.
O Brasil adaptara as regras do latão ao basquete, mas manteve o nome do jogo original e desenvolveu um estilo de jogo descontraído e de habilidade, criado nos becos das grandes cidades brasileiras. O que os brasileiros chamavam de latão-arte era conhecido nos Estados Unidos como “streetball”. Apesar do talento, os canarinhos não conheciam o sabor do ouro olímpico, o principal título.
Nomes como Bernardo, o Doutor Édson (famoso por dizer que entendia mesmo do esporte) e Sabiá foram decisivos em torneios, com o auge nas Olimpíadas de 1988. Depois de dois Jogos com boicotes, em 1980 e 84, Seul foi palco de uma competição acirrada. Carlos André e Carlos Caetano, alas gaúchos, lideraram o Brasil naquele ano.O país trocou o fuso para ver a dupla encestar adversários. A final contra os soviéticos provocou duas mortes por enfarte, pois um torcedor de Diadema e outro de Maceió não suportaram a tensão do jogo. Sabonis, cestinha lituano, parecia conhecer Pietro, pivô de 1,99 m, desde o útero. Mas a garra brasileira virou o placar para 101 a 100 no limite, 1 segundo antes do apito final.
Em 1992, seria o grande encontro Norte x Sul das Américas. Os Jogos Olímpicos de Barcelona deixariam de lado o atletismo e a natação para acompanhar o grande duelo do latão. Com a permissão de atletas profissionais, os craques da NBA poderiam enfrentar os melhores da LBL (liga brasileira de latão). Assim, em um único ginásio, estariam Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Charles Barkley, Oscar Mão-Santa, Raí Vieira, Rafinha e Bauruzinho.
Para apimentar o jogo, a rede de televisão ESPN exibiu uma matéria sobre a origem do Harlem Globetrotters, indicando que muito do estilo moleque do Brasil seria derivado dos ianques. No dia da final, o técnico Ary Zagal mudou a sua tradicional preleção de outros jogos. Depois de lembrar que “medalha de ouro” tem 13 letras e brigar até conseguir um vídeo NTSC em plena terra do Pal, o treinador não disse nada, só exibiu a matéria e, no final, mostrou fotos de Santos Dumont, Secos e Molhados e Os Mutantes, brasileiros que foram pioneiros mas a história riscou seu livro com cores norte-americanas.
A audiência da TV foi incrível naquele sábado pela manhã. Supermercados fecharam, enfim, os hábitos de sábado mudaram naquele dia. Para completar a festa, a Rede Globo colocou uma câmera ao vivo na casa de Bauruzinho. A sua mãe, dona de um trailer em Nova Iguaçu, disse que quebraria um prato a cada cesta do seu garoto.
O jogo começou nervoso, nervoso. O Brasil entrou em campo com muita vontade e gana, o que acabou deixando o time afoito. Tal qual o jovem tenista Pete Sampras, os gringos eram icemen na quadra. O placar dilatado do começo, 10 x 2, foi contido com uma seqüência de tocos de Rafinha. Em uma vibração contagiante no terceiro toco, acordou o time. A torcida entendeu o recado e começou a bater em ritmo de samba, como se uma ala inteira de ritmistas fizesse um carnaval na Catalunya.
E Bauruzinho começou o prejuízo mais famoso do famoso X-Guaçu. Apenas no primeiro tempo, marcou 23 pontos. Charles Barkley foi advertido com seriedade aos 17 minutos, pois abandonou a bola para empurrar o brasileiro para o chão. A torcida rugia como um Godzilla e conseguia provocar mais e mais. Apesar da forte pegada dos latinos, o talento – e sorte – de Larry Bird construiu um placar de 45 x 43 para a águia no intervalo.
Mas um detalhe marcou aquela “intermission”. O pivô Rafinha não deixava a quadra, apenas pulava e pulava como se fosse um atleta do salto em distância. A equipe médica e até alguns repórteres tiveram de tirar o atleta do peculiar treino antes que ele acabasse machucado.
Na volta da partida, Michael Jordan soube do fato. E o americano, em uma risada no melhor estilo Pernalonga, apenas deu um passo grande na frente das câmeras. “They had Johnny Jump, right? Payback time, heh”.
Até o jovem Marcelo Negrão, que despontava no futebol, estava na torcida, que não parou de gritar desde que o juiz reiniciou o jogo. A partida contava com uma troca liderança no placar inusitada, pois Rafinha e Jordan duelavam para ver quem pulava mais longe e acertava a cesta. A “competição” era motivo de brilho nos olhos daquelas testemunhas até que Jordan tentou pular da linha do arremesso e errou. Rafinha não conseguiu conter a provocação e passou a sambar com a bola nas mãos, tratando da redonda como se fosse um pandeiro. A tradicional bandeja virou pandeiro naquele dia, pois o pivô conseguia dar uma batida com uma das mãos na bola antes de arremessar, como se estivesse tocando um samba. A agitação compensou a redução no pique de jogo de Bauruzinho, que sentia as dores do empurrão de Barkley.
Mas o cardeal americano Bird fez um estranho pedido para o técnico Chuck Daly enquanto a organização limpava o mar de suor que estava a quadra. Em uma jogada arriscada, os americanos teriam Scottie Pippen de um lado e o mago loiro no outro. A aposta deu certo e a diferença de 9 pontos virou em minutos. A 3 minutos do fim, com um placar de 93 x 90, Zagal arriscou e mandou Bauruzinho de volta para a quadra. Era o tudo ou nada.
E foi o tudo do Brasil. A torcida passou a bater no ritmo do samba-enredo vencedor de 1990, Vira-Virou, a Mocidade Chegou. E o ritmo entrou na quadra, com uma seqüência de jogada que parecia uma batida. Rafinha dava o toco nos gringos, passava a bola para Mauro Poste e este observava. Ou ia pelos flancos com Mão Santa e seus três pontos ou deixava que Bauruzinho rugisse com tudo, colocando a bola na cesta com força. Os gringos ainda tentaram, mas o placar de 97 x 95 foi coroado com uma sambada de Rafinha. A cena deu origem a uma das mais famosas campanhas dos tênis Nike, com um ícone feito da silhueta de um jogador sambando a bola.
Quando o jogo terminou, os americanos não acreditavam na cena. Barkley saiu logo para o vestiário, chutando as placas, enquanto Bird e Jordan tentavam consolar o perplexo Magic Johnson, uma estrela sem brilho naquela noite. Já os brasileiros vibravam juntos, quebravam protocolos e iam até a torcida comemorar. Em uma cena digna das enciclopédias dos jogos, Rafinha e Bauruzinho arrancaram duas cestas de lixo da quadra e prenderam nas tabelas. A medalha foi mera lembrança, pois aquele fato atestou que seja latão ou basquete, o Brasil é o melhor na arte de jogar a borracha até o cesto. Tudo porque, um dia, uma bola teria furado.
André Pase
Obs.: Esse “artigo” é uma obra de ficção e, portanto, não deve ser levado a sério. Nenhuma das pessoas, empresas, entidades ou associações citadas no texto foi efetivamente entrevistada ou consultada. Ah, e como ninguém aqui tem talento para ler mãos, i-ching, tarô, búzios, mapa astral ou bola de cristal, qualquer semelhança com a vida real foi uma grande coincidência.