sábado, dezembro 17, 2005

Quem é vivo... - Carlos Bossio

Sérgio Goycoechea nunca foi um goleiro dos mais confiáveis. Adepto das saídas em falso nos cruzamentos e praticamente de saltos pouco seguros nos arremates adversários, o argentino só conseguiu estabilidade como titular da seleção albiceleste devido aos pênaltis defendidos em 1990 e ao pouco cartaz de Islas diante de Carlos Bilardo e Alfio Basile. Ainda assim, foi considerado o último titular absoluto da camisa 1 da Argentina.

Nos últimos 10 anos, os argentinos buscam por um goleiro estável para sua seleção. Entre os vários nomes que surgiram, como “Nacho” González, Cristante, Costanzo, Scoponi, Lux, Bonano, Léo Franco, Caballero e Burgos, Carlos Bossio nunca teve tanto espaço, mas se destacou pelo seu comportamento peculiar.

Apelidado de “Chiquito” apesar de seu 1,94 m de altura, foi revelado pelo Estudiantes na mesma geração de Juan Sebastián Verón e Martín Palermo. O goleiro demonstrava alguma agilidade debaixo dos paus. Mesmo assim, o que lhe tornou famoso foram suas investidas no ataque. Dono de um chute bastante potente, Bossio cobrava faltas e pênaltis para os pinchas. E foi lembrado como opção para a seleção.

Isso lhe deu visibilidade suficiente para ir à Europa. Acabou no Benfica, clube que também procurava há anos um substituto à altura do belga Preud’homme, que passara pela Luz em 1995. Porém, Bossio não conseguiu se consolidar como titular. Pior, foi pego com passaporte comunitário falso e foi emprestado para o Vitória de Setúbal em 2002.

Depois de uma temporada na reserva do clube setubalense, Bossio voltou ao Benfica, mas ficou como terceiro reserva por duas temporadas. Em 2004, depois de ver frustrada sua passagem pela Europa, decidiu recomeçar. Com 31 anos, ganhou um lugar com a camisa 1 do Lanús.

Ubiratan Leal

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