sexta-feira, dezembro 30, 2005

III Prêmio Balípodo – Os Melhores de 2005

Festa de gala da CBF ou da Fifa? Anúncio da Bola de Ouro da France Football? Milton Neves entregando a Bola de Prata do Brasileirão? Lançamento do gibi do Ronaldinho Gaúcho? Nada disso! Nenhum evento de fim de ano era tão aguardado quanto o anúncio do Prêmio Balípodo – Os Melhores do Ano. Por isso ele só é anunciado no último dia útil do ano. Porque, convenhamos, esses outros premiozinhos são preliminares, jogos de aspirantes, em comparação com a partida principal.

Como já ocorreu em 2004, algumas categorias foram criadas, outras foram eliminadas e houve as que mudaram de nome. O critério de escolha continua sendo arbitrário (se o STJD pode, o Balípodo também se dá o direito, hehe).

EQUIPES
Prêmio “Samoa Americana” de pior time do ano

Operário-RO, último colocado da Segunda Divisão Rondoniense com oito derrotas em oito jogos, quatro gols prós e 67 gols contra (média de 8,4 gols sofridos por partida). Na campanha, derrotas como 1 x 17 para Ulbra e 0 x 12 contra Jaruense.

Prêmio “Estudiantes” de time pequeno que não amarela
Paulista (campeão da Copa do Brasil em cima do Fluminense), Ipatinga (campeão mineiro diante do Cruzeiro) e Rocha (campeão do Torneo Apertura uruguaio)

Prêmio “São Caetano” de time pequeno que amarela
Volta Redonda, tomando a virada contra o Fluminense no Estadual do Rio, e Náutico (que não é propriamente pequeno, mas é menor que o Grêmio), que, jogando em casa com um pênalti a favor e quatro jogadores a mais, conseguiu perder do Tricolor gaúcho

Prêmio “Bragantino” de ascensão, apogeu e queda mais rápida
Everton, que provocou uma briga entre a Uefa e a federação inglesa para poder participar da Liga dos Campeões, mas perdeu do Villarreal na fase preliminar, foi “rebaixado” para a Copa da Uefa e acabou desclassificado de todas as competições continentais após tomar de 5 x 1 do Dinamo de Bucareste

Prêmio “Atlético-MG” de time grande que amarela
Cruzeiro, após perder o título estadual no Mineirão para o Ipatinga, sua própria filial

Prêmio “Internazionale” de decepção da temporada
Internazionale

Prêmio “Real Madrid” de esquadrão “imbatível”
Manchester United, que conseguiu ficar em último em um grupo com Villarreal, Benfica e Lille na Liga dos Campeões (o prêmio normalmente iria ao Real Madrid, mas os merengues já ganharam muitos prêmios esse ano)

Prêmio “Fluminense/Grêmio” de grande rebaixado
Atlético-MG, Bahia e Vitória

Prêmio “Rivaldo” de “Eu fiz tudo certinho, porque ninguém se lembra?”
Goiás, terceiro colocado no Brasileirão (melhor campanha da história do clube) e que ninguém deu muita bola o ano inteiro

Prêmio “Kofi Annan” de representante do mundo
Valon Behrami. Nascido na Sérvia, se mudou ainda criança para a Suíça. Mas a família era do Kosovo e ele pensou em defender a Albânia. Acabou como uma das revelações da seleção suíça que conseguiu uma vaga na Copa de 2006

Prêmio “Juventus” de ganhar dos grandes e perder dos pequenos
Brasil, que ganhou de Alemanha e Argentina, mas não passou por México e Japão na Copa das Confederações

Prêmio “Flamengo” de centenário mais festivo
Boca Juniors, que comemorou seu 100º aniversário perdendo do Vélez Sársfield

Prêmio “Boca Juniors” de time de chegada
Fluminense, que caiu diante do Paulista na Copa do Brasil e deixou o Palmeiras recuperar uma diferença de 10 pontos em cinco rodadas na disputa da última vaga brasileira na Libertadores

Prêmio “Atlético-PR” de saber segurar o placar
Milan, ao fazer 3 x 0 no Liverpool

Prêmio “tesourinha da Turma da Mônica” de “eu tenho, você não tem”
São Paulo, exibindo a Libertadores e o Mundial para corintianos e palmeirenses

Prêmio “Dunga” de volta por cima
Grêmio, que, com quatro jogadores a menos e um pênalti contra, conseguiu vencer o Náutico por 1 x 0 no jogo decisivo da Série B

Prêmio “Nilton Santos” de defesa ajudando o ataque
São Paulo, que teve como artilheiro do ano o goleiro Rogério Ceni e contou com um gol de Mineiro para ganhar o Mundial

Prêmio “Portuguesa” de cavalo paraguaio
Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro até metade do primeiro turno

Prêmio “Rider” de “Dê Férias para Seus Pés”
Tuna Luso, que foi desclassificado na fase preliminar do Campeonato Paraense de 2005 (disputada em 2004) e ficou inativo o ano inteiro. Até voltar em dezembro para a fase preliminar do Parazão 2006. E já está de férias de novo

PERSONALIDADES
Prêmio “Zagallo” de “vocês vão ter de me engolir”

Rogério Ceni, certamente um dos maiores jogadores da história do São Paulo

Prêmio “Mr. Magoo” de dirigente que vê tudo o que ocorre em seu clube
Marcelo Teixeira insistindo em Nelsinho Baptista para 2006 (até que o técnico se demitiu)

Prêmio “Maradona” de “mano de Diós”
Pelé, que botou a Holanda no mesmo grupo da Argentina na Copa

Prêmio “Roberto Justus” de “você está demitido”
Cuca, que passou pelo Flamengo, teve uma oportunidade no Coritiba e encerrou o ano slavando o São Caetano do rebaixamento (e foi demitido mesmo assim)

Prêmio “Oséas” de jogar contra o próprio patrimônio
Betão e Gustavo Nery, fazendo gols contra em partidas decisivas do Corinthians no Brasileirão

Prêmio “Mustafá Contursi” de decisão gerencial mais inteligente
Marcelo Teixeira, demitindo Gallo com o Santos na disputa do título para colocar Nelsinho Baptista contra o desejo de todo o elenco

Prêmio “José Mourinho” de modéstia
Vanderlei “se eu tivesse ficado o Real Madrid era campeão” Luxemburgo

Prêmio “Casal das Casas Bahia” de casal mais chato
Ronaldo & Daniella Cicarelli

Prêmio “Roman Abramovich” de “eu não sei o que fazer com tanto dinheiro”
Florentino Pérez, que pagou cerca de € 40 milhões ao Sevilla para levar Sérgio Ramos e Júlio Baptista

Prêmio “Simeone” de jogador mais pentelho
Arano, o jogador que ficou pentelhando o Grafite durante o jogo São Paulo x Quilmes na Libertadores

Prêmio “Zeca Pagodinho” de malandragem
Diretores da Uefa, fazendo uma gambiarra para colocar o Liverpool na Liga dos Campeões mesmo terminando em quinto lugar no Campeonato Inglês

Prêmio “Oliverrá” de brasileiro que explode no exterior
Luís Fabiano, mostrando toda a arte de fazer gols no Porto e no Sevilla

Prêmio “Dario Hubner” de revelação tardia
Luca Toni, que, aos 28 anos, despontou como um dos principais centroavantes da Itália

Prêmio “Váldson” de excelência no exercício de funções defensivas
Adriano e André Luiz, zagueiros do Atlético-MG no início do Brasileirão

Prêmio “eu sei o que você fez no verão passado”
Torcedores da Juventus hostilizando os do Liverpool nas quartas-de-final da Liga dos Campeões

Prêmio “STJD” de estragar um Brasileirão
Márcio Rezende de Freitas

Prêmio “Márcio Rezende” de acerto em decisões arbitrais
Toshimitsu Yoshida, árbitro japonês que deu tiro livre indireto por invasão de área na cobrança de um pênalti no Uzbequistão x Barein nas Eliminatórias da Copa

Prêmio “Guy Roux/Alex Ferguson” de técnico que se eterniza no clube
Daniel Passarella no Corinthians

Prêmio “Bob Woodward” de boa atuação da imprensa
Todos jornalistas que juraram de pés juntos que Vágner Love iria ao Corinthians

Prêmio “Vicente Matheus” de frase certa na hora certa
“Sim”, de Daniela Cicarelli ao padre que celebrou seu casamento com Ronaldo no castelo de Chantilly, na França

Prêmio “Júnior” de arrependido mais rápido
Émerson Leão, que jurou que tinha dívida de gratidão com um amigo japonês, foi ao Vissel Kobe e voltou sem vencer nenhuma partida. Enquanto isso, seu substituto, Paulo Autuori, ganhou a Libertadores e o Mundial.

Prêmio “Bebeto” de terminar sua trajetória no auge
Fernando Redondo, que, aos 36 anos, está há um ano em Madri esperando propostas

Prêmio “Leila Ackmin/Robério de Ogum” de futurologia
Tite, que afirmou que o Atlético-MG disputaria uma vaga na Libertadores, e Roberto Carlos, que previu que o Real Madrid seria o maior time do mundo depois da chegada de Luxemburgo

Prêmio “Zico” de pênalti perdido em hora inoportuna
Wome, chutando para fora um penal nos descontos de Camarões 1 x 1 Egito nas Eliminatórias da Copa. O gol classificaria os camaroneses para o Mundial

Prêmio “Vito Corleone” de métodos esportivos para dialogar
Torcedores do Chelsea, que ameaçaram de morte o árbitro sueco Anders Frisk após a derrota dos blues para o Barcelona nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões

Prêmio “Sérgio Manoel” de “o que diabos viram em mim?”
Peter Crouch, que não cabeceia apesar de seu 1,98 m de altura, não fez gol em mais de 1440 minutos e, ainda assim, é titular do atual campeão europeu

Prêmio “Edmundo” de trancado no exterior
Vágner Love, que não conseguiu se desvencilhar do contrato com o CSKA Moscou

Prêmio “Viola” de ida à Europa mais bem-sucedida
Vanderlei Luxemburgo, por motivos óbvios

Prêmio “Joselito” de ausência de noção
O sujeito da Conmebol que marcou o jogo de volta das quartas-de-final e o de ida das semifinais da Libertadores durante a disputa da Copa das Confederações

Prêmio “Marcelinho Carioca” de bom ambiente no elenco
Tévez e Marquinhos trocando afagos no treino do Corinthians

Prêmio “Gamarra” de jogo limpo
Boca Juniors, que cumprimentou o Chivas Guadalajara dentro do maior espírito esportivo após a eliminação nas quartas-de-final da Libertadores, Coritiba, que manteve o vestiário da Arena da Baixada em perfeito estado após perder a final do Campeonato Paranaense, e Turquia, reconhecendo a legitimidade da classificação suíça na repescagem das Eliminatórias européias

ACONTECIMENTOS
Prêmio “Argentina 6 x 0 Peru” de placar mais honesto

Roma 0 x 0 Lazio, returno do Campeonato Italiano. O empate salvaria as duas equipes do rebaixamento. O jogo foi modorrento e, pela primeira vez em anos, o dérbi romano não teve nenhum tipo de confusão

Prêmio “CBF/Clube dos 13” de regulamento mais inteligente
Federação Alagoana, que realizou o segundo turno do estadual durante a disputa da Série B e, por isso, deixou o CRB de fora dessa parte do campeonato. Como o CRB não ganhou o primeiro turno, saiu da disputa do título na metade do torneio

Prêmio “Redenção” de novela mais longa
Robinho e sua ida ao Real Madrid

Prêmio “Luis Zveiter” de decisão judicial mais inteligente
Luis Zveiter, anunciando a anulação de 11 jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho autoritariamente, em uma “coletiva” montada improvisadamente no hall de seu prédio, em uma manhã de um domingo que tinha rodada do Brasileirão

Prêmio “Brasil 1 x 2 Uruguai” de “o que diabo aconteceu?”
Milan 3 x 3 Liverpool, na final da Liga dos Campeões. Os italianos venciam por 3 x 0 e sofreram três gols em seis minutos

Prêmio “Portugal 0 x 1 Grécia” de papelão em casa
Vasco 0 x 3 Baraúnas na Copa do Brasil

Prêmio “Coritiba x Bangu/Atlético-PR x São Caetano” de final inusitada
Volta Redonda x Americano na Taça Guanabara

Prêmio “Trinidad e Tobago x Barein” de “eu não acredito que daí vai sair um time para a Copa”
Trinidad e Tobago x Barein

Prêmio “Juca Kfouri” de “Pontos corridos são emocionantes”
Campeonato Escocês, com o Celtic tomando uma virada do Motherwell nos últimos dois minutos da última rodada e dando o título ao Rangers

Prêmio “Galvão Bueno” de “Se pontos corridos fossem bons, Copa do Mundo não seria em mata-mata”
Liverpool x Milan, na Liga dos Campeões

FELIZ 2006 PARA TODOS, LEITORES E PREMIADOS!!!

Ubiratan Leal

Textos relacionados
Prêmio Balípodo - Melhores de 2004
Prêmio Balípodo - Melhores de 2003

11 comentários:

Anônimo disse...

Ubiratan,

e eu mereço um premio, o premio "marido daquela gata que foi pega na praia com Chico Buarque" de "porque só agora eu fiquei sabendo" do Balípodo...

infelizmente, só coinheci o balíppodo neste ano. Ainda bem que virão muito mais.

um abraço e parabéns por seu trabalho/diversão.

marcus buiatti

Ubiratan Leal disse...

Rodrigo,

vamos lá:

Prêmio Real madrid: os prêmios do Balípodo têm nome mutável e se adaptam à realidade do momento. De qualquer forma, o Real sempre monta esquadrões imbatíveis. Ou imbatíveis de verdade, ou supostamente imbatíveis mas que só fazem papelão.

Prêmio Juventus: é uma referência ao Clube Atlético Juventus, de São Paulo

Prêmio Boca: a referência ao Boca não é irônica. O Boca é time de chegada. Irônico é o vencedor designado.

Abraços

Anônimo disse...

Como bom atleticano queria deixar a sugestão:
Prêmio Milton Neves de Time Incaível :
Coritiba e Atlético-MG
Um abraço, Feliz 2006 à todos

Anônimo disse...

Sensacional Ubiuratan.. ri demais, denovo.

Ubiratan Leal disse...

Diógenes, o prêmio não foi ironia. Na época, eu realmente achava forçado (e ainda acho um pouco) colocar o Henry como o segundo melhor do mundo. Mas em 2004 ele jogou muito e calou minha boca...

Saúvo Carrapatoso disse...

Podiam colocar no prêmio da amarelada o nome de "Cacá Bueno/Daiane dos Santos"...

Daniel F. Silva disse...

Você acha que o centenário do Boca foi ruim? Só o primeiro semestre, porque no segundo o time conquistou três títulos (pela ordem: Recopa Sul-Americana, Torneio Apertura do Campeonato Argentino e o bi da Copa Sul-Americana).

Ubiratan Leal disse...

Daniel, o ano de centenário do Boca não foi ruim, mas o dia do centenário certamente foi

Anônimo disse...

E o Prêmio "Robero Avallone" de notícia explosiva consistente, para os insistentes anúncios de que Vágner Love iria para o Corinthians?

Ubiratan Leal disse...

Leia com cuidado e você verá que a "iminente" ida de Vágner Love ao Corinthians foi premiada.

Anônimo disse...

é verdade, ubiratã.