Que o diga o atacante francês Patrick Battiston. Na semifinal da Copa do

Anos depois, numa atitude de notável cavalheirismo, Battiston não só desculpou o temperamental camisa 1 da nationalmannschaft como o convidou para seu casamento. Mesmo assim, Schumacher tornou-se uma figura tão detestada pelos franceses que, numa pesquisa feita pelo jornal francês Le Figaro após a Copa de 1982, sobre qual era o "homem mais odiado da França", Schumacher derrotou Adolf Hitler!!
O goleiro ainda jogou outra Copa, em 1986, no México. Ajudou a seleção alemã a chegar à final defendendo os penais de Quirarte e Sánchez contra os anfitriões nas quartas-de-final, mas sua espetacular atuação contra os franceses (sem porrada!) foi ofuscada por suas falhas clamorosas em dois dos três gols argentinos na final: no primeiro, saiu muito mal do gol e permitiu a cabeçada de Brown; no segundo, deixou o canto esquerdo descoberto na finalização de Valdano. Novamente, ficou com o vice mundial.
Se dentro do campo detinha um estilo truculento de jogar, fora dele "Toni" (muitas vezes citado como uma referência a Anton Schumacher, goleiro do Köln nos anos 60, apesar de o próprio Harald afirmar que o apelido Toni é uma homenagem a Toni Turek, arqueiro alemão na Copa de 1954) também se notabilizou por declarações polêmicas. Após "quase matar" Battiston na Copa espanhola, declarou que não saíra do gol com a intenção de machucar o francês. Na volta da delegação bi-vice-campeã mundial no México, afirmou, na lata: "Por minha culpa a Alemanha perdeu a Copa".
No ano seguinte, ao escrever "Anstoss", sua autobiografia, ele insinuou que 9 de cada 10 jogadores da Bundesliga usavam drogas. Para reforçar o mais que duvidoso argumento, chegou a ilustrar as declarações com gráficos fictícios relacionados ao uso de drogas.A reação do meio futebolístico alemão não tardou: o clima ficou insuportável para ele, que teve de abandonar a terra natal e encerrar a carreira no Fenerbahçe turco, onde atuou 33 vezes e conquistou o campeonato local em 1988. Mas não pôde cumprir a promessa feita de que jogaria a Copa do Mundo de 1990, após perder para a Argentina de Maradona a de 1986.
Diogo Terra
Um comentário:
Pelo texto, percebe-se que esse Schumacher era uma espécie de Higuita ao cubo...
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